Dentro da mitologia grega a idade de douro, foi governada por um arrogante Deus Crono-Saturno (grego/romano), que para não ser destronado engolia seus filhos Hades o mais velho e Poseidon, tiveram um irmão casula que não foi engolido Zeus-Jupiter, que foi o destronador de seu pai o Divino Crono-Saturno.
Desde a queda se Crono-Saturno, sua condição foi degradante, dentro da terra, Homero diz que junto a uma foice encarnando a morte no aspecto destruidor do tempo, representava o portal das “trevas” em que a matéria alquímica deve transpor, para ser renovada em luz divina.
Dentro da Obra Alquímica, ele representa o nível grosseiro material, o mundo de pedras, terra e antimônio. Dentro de sua influência planetária ele era visto como responsável por problemas, miséria e pobreza.
Já para os Neoplatónicos ele se transformou na figura mais sublime de seu panteão, o próprio Agrippa se refere a Saturno como “deus imponente, sábio e compreensivo”,”um guardião e descobridor de mistérios” . Na Cabala ele e associado a Binah, de onde todas as coisas cósmicas provem e foram criadas.
Cada escola, tradição ou mesmo via alquímica tinha pequenas ou grandes diferenças de interpretação. Por isso a velha máxima de ”Ora, lege, lege, relege, labora et invenier” demonstra a forma de caminhar
Saturno nos remete em buscar o nosso negro diremos assim e transmutá-lo, dentro de nós existem varias pedras ocultas que impedem o nosso despertar.
“Visita o interior da terra e através da rectificação, descobrirás a pedra oculta”
D. Stolcius Von Stolcenberg, 1624
Dentro desta mesma de terra de impurezas, existe o ouro divino, e o seu despertar não é fácil, pois como demonstra sua natureza violenta.
“Cuidado pois em Saturno esconde-se um deus”
Isaak Hollandus, 1746
Deus se esconde em cada lugar, mesmo na destruição podemos reconhecer o supremo, sua mão limpando nosso ser, para que novações e iluminações ocorram em nossa vida.
“ Todo o processo da Obra filosofal não é mais do que uma dissolução e a subseqüente solidificação: isto é a dissolução do corpo e a solidificação do espírito”
Espagnet, 1730
Aprender a necessidade de transmutar a nossa Obra (O nosso EU) na mais realizadora, se mostra claro que devemos deixar as sujeiras destas Noites Saturninas, de ego, desejos, sentimentos, ambição, ..... E realizar nossa transmutação de antimônio para nosso Apolo e ouro interno que nasce da transmutação deste Saturno negro.
Por. MP Nuno MNH