segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tratado do Céu Terrestre


Tratado do Céu Terrestre - (Fragmento)
Autor: Wenceslao Lavinius de Moravia
Tradução: M.P. Nuno MNH

A natureza criou primeiramente um só espírito corporal, que é comum e está oculto, ele é o balsamo precioso da vida, que conserva o que é puro e bom, e destrói o impuro e maligno. Este espírito é o fim e o principio de toda criatura; tríplice em substância, que deve estar feito de sal, enxofre e mercúrio à água pura. A partir do alto, coagula, une e irriga todos os lugares baixos, por meio de uma desidratada banha úmida.
Calmo assim preparado para receber qualquer forma ou figura. Somente a Arte e com ajuda da natureza, pode fazê-lo visível aos nossos olhos. Oculta em seu ventre uma força e virtude infinitas, pois e algo que está cheio de propriedades do Céu Terrestre. É hermafrodita e faz crescer todas as coisas, misturando com elas, pois leva em si inseridas todas as sementes do globo etéreo. Está repleto de um fogo sutil e poderoso, é ao descer do céu transmite e influência a força sobre os corpos da terra. Seu ventre e poroso e está repleto de potencia. É o pai de todas as coisas. Este ventre se enche então, com outro fogo vaporoso e recebe sem para seu alimento do humor radical que, é este enorme corpo, se busca o corpo da água mineral, coisa que se realiza pela cozimento de seu fogo ardente. Esta água que pode coagular-se e que produz todas as coisas, e converte em uma terra pura, que por meio de uma forte união, tem a virtude dos céus inseridos em si; e porque nesta mesma terra permanece unida com o Céu.