terça-feira, 15 de junho de 2010
Segunda Prancha - O Ovo dos Filósofos
Segunda Prancha
O Ovo dos Filósofos.
O Ouro dos Filósofos.
Na criação do ovo do filosofo é necessário na manifestação da Obra, em sua essência a gema simboliza o enxofre, matéria densa, a clara é a mercúrio que simboliza a matéria volátil, enquanto que o sal é a adição necessário para que a fixação se manifeste na matéria enquanto Um.
Netuno aqui simbolizado, protege os espíritos, que foram selados hermeticamente no frasco, ou ovo hermético, ao proteger os dois deuses e elementos diante as influências do Sol, mostra também que seus protegidos estão diretamente sobre a influência do Sol e da Lua respectivamente, colocando o casal sobre a sua influência direta, e sua combinação, no fluido liquido que nós espera.
Os dois alquimistas abaixo manifestam muito mais que a simples contemplação do cozimento de sua Obra, mais esta é a sua meditação direta e pessoal, perante a sua Obra.
Verificamos atrás dos nossos personagens em sua meditação, a existência de uma cortina, mostrando que algo oculto aqui se manifesta, devemos estar atentos. A mulher com o braço levantado, quase que tocando o pé do anjo, revela a sua posição perante a Obra, como que mostrando a sua possível relação ao Sol, devemos ainda notar que esta relação divina, encontra-se aberta e receptiva, como demonstra a mão esquerda de uma forma receptiva a tal fato.
Netuno com o seu tridente na mão direita, demonstra ação em sua posição de defensor de “seus filhos”, protegendo duplamente o despertar trifásico no Uno. Apolo/Sol e Diana/Lua, aqui representados buscam os pais em sua Obra, como que notando Hermes; O que está encima, também se manifesta abaixo.
O peixe aos pés de Netuno, juntamente com o Sol simbolizam o inicio da Obra, as bolhas sulfurosas das experiências se manifestam como que fossem olhos de peixes, e por isso que devemos buscar nas profundezas da matéria inexplorada, que é onde a resposta se encontra, dentro de nosso subconsciente, nas lembranças de Jung e Pernety.
Tais bolhas também chamadas de ilhas, é a figura de um peixe hermético, que é o piloto da Obra, o mercúrio conhecido pelo nome de mare patens, esta é a matriz é o receptáculo da pedra.
Um dos anjos permite atravessar os dois mundos, os dois planos, trazendo a ligação do Divino, a ligação dos dois planos, o denso e o sutil.
Existe muita controversa sobre a ordem das pranchas, realizo que sua ordem e muito subjetivo, devido a manifestação pessoal de cada alquimista perante a sua Obra, parte disto é a existência de varias vias possíveis, para o mesmo objetivo, porém devo ressaltar, que em relação a uma ou outra prancha tal fato e possível, porém não de forma completa em sua operação, pois tais mudanças estariam alterando o produto desejado final, porém cabe a cada buscador encontrar o seu caminho, na realização de sua Obra.
O casal de alquimistas se encontram ajoelhados enfrente ao forno de Atenor, que simboliza o macrocosmo e suas continuas transmutações cósmicas que são aplicáveis na matéria prima, para que se manifeste a transmutação na matéria.
O local deve ser preservado de luz, como também nos lembra as cortinas, é a de se notar que nesta figura ao contrario de outras, nem janelas possui, enfatizado a necessidade de “escuridão”
O ovo tem como objetivo à separação dos 3 elementos alquímicos (sal, enxofre e mercúrio)
Os alquimistas ao se posicionarem em suas posição em máxima do Ore, Lege, Relege, Labore et Inseriere, que para alguns pesquisadores e alquimistas e a diferença entre os sopradores. Canseliet diz que a alquimia não passará de uma simples química, se você não estiver em harmonia, em parte com o cosmos.
A operação dos alquimistas enquanto casal, tanto é uma referência a Nicolas Flamel e Dame Perenelle sua esposa, que fora ativa diretamente sobre a Obra de Flamel, este que faz referencias continuas a sua esposa, perante a realização da Magnus Opus.
Em questão lhes digo a necessidade de compreendemos a um nível de uma linguagem neural, na constituição dos hemisférios do nosso celebro, enquanto racional e emocional, a necessidade de nos compreender em equilíbrio perante a Obra, e assim permitindo que o sutil, o emocional, o Divino se manifeste, como a mulher nos remete ao apontar e quase tocar no pé do Anjo, ser tocado e tocar o Divino.
Armande Barbault, revela em seu Ouro da milésima manhã, a necessidade de um par na Obra, que seja ao mesmo tempo física e espiritual, a revelação do adepto dentro da matéria e espírito.
Esteja a vontade para encontrar a sua ordem dentro do Mutus Líber, seja com o Atenor ligado ou o Cosmo Filosófico de Júpiter, que é a terceira prancha, aqui seguirei a conveniência de outros mestres alquimistas que vieram antes de minha humilde pessoa.
Por MP Nuno MNH