Atum é o poder único. No mistério da criação, Ele é o criador. No sentido da potencialidade inerente no universo, Ele é o tudo e o nada, porém sem forma e intangível. Dentro do Nun, Ele teve que se sobrepor e, assim, projetou-se para poder diferenciar-se do Nun, em seu estado original .
“Ave, Atum! Ave, Khepri, o que procede de si mesmo”
Textos das Pirâmides
Atum, de dentro das águas cósmicas, manifestou suas potencialidades divinas , com a forma de uma colina primordial.
Atum, quando se manifestou, criou oito princípios elementais primordiais: o ar e o espaço, que são representados por Shu – Elemental do Ar e do Espaço, Tefnut – Elemental do Fogo, Geb – Elemental da Terra, Nut – Elemental do Céu e os Deuses Osíris, Isis, Seth e Néftis, que são as entidades da Vida, Renovação, Morte e Ressurreição, respectivamente.
O 9º princípio é o próprio Atum, por ser a causa de tudo.
“Nenhuma destas entidades está separada dele, Atum”
Textos da Pirâmides
Uma das muitas versões da manifestação de Atum afirma que, ao passar por Heliópolis, masturbou-se e, ao permitir a “saída de sua semente”, os gêmeos Shu e Tefnut manifestaram-se no mundo.
Pelo conhecimento derivado de Thot, qual seja, pela Alquimia, podemos dizer que a semente masculina é a catalisadora. É o fogo estíptico, que é o agente coagulante da substância cósmica indefinida, conhecida no antigo Egito como Nun, a primeira substância reconhecida pelos antigos egípcios como a prima terra, que simboliza a condensação inicial.
Este principio místico, ao ser levado à luz da ciência, aflora como o espermatozóide, que é a semente criadora de Atum. Possui uma cabeça, com um cauda longa, que possui 9 filamentos. O espermatozóide continua sua divisão/multiplicação em seu desenvolvimento, combinando seu crescimento em múltiplos de 9, exatamente como os elementos primordiais dos ensinamentos secretos de Heliópolis.
A ciência dos antigos e a nossa atual Ciência caminham de mão dadas. Costumo dizer que o verdadeiro misticismo também é científico, para mentes treinadas a assim reconhecê-lo. Posso dizer, como polimata, que os mistérios do antigo Egito estão, ainda, além de nossa total compreensão.
Eu sou Um que se transforma em Dois.
Eu sou Dois que se transforma em Quatro.
Eu sou Quatro que se transforma em Oito.
E depois sou Um.
Sarcófago de Petamon
Aos buscadores de mistérios remeto o Grande Mistério:
A passagem de Um para Dois, a imediata polarização de duas forças ambíguas:
Hórus Set
Positiva Negativa
Reflitam sobre o que nós divide.
Proxima - Mênfis