sexta-feira, 19 de março de 2010

Introdução Alquimica


Introdução

Aqui iremos expor em que consistiu e consiste , a autêntica alquimia, a manifestação da Grande Obra. Apesar de a química ter saído da alquimia, as duas não são de longe uma evolução da outra, parte porque a alquimia não se resume a aplicação “química” ou molecular dos objetos, constituindo numa busca empírica for fenômenos verificáveis, pela ciência, como iremos compreender a frente de nossa jornada, a alquimia uma ordem superior que é a essência, de todas as religiões e verdades, que muito chamam Deus.
Muitas vezes a alquimia e comparada a um arco-íris, que atravessa duas montanhas, criando uma ponte entre o mundo material e o mundo espiritual, porém se você correr simplesmente atrás deste arco-íris para possuir o ouro, você nunca o vai encontrar enquanto não mudar sua atitude, você precisa transmutar, para alcançar o arco-íris e seus segredos.
Ao longo do tempo a alquimia era reconhecida com vários nomes tais como A Grande Obra, Ciência Sagrada, Magnum Opus, Ciência Secreta, Filosofia Hermética, Arte Real, Arte Sacerdotal, a grande arte de penetrar nos segredos do universo, da natureza, vida e morte, a eternidade, o infinito, para podermos novamente chegar no principio primeiro da unidade.
Na Espanha de 40 mil anos, seus moradores, juntavam fragmentos deste metal e acumulavam, como que tendo o brilho do sol, dentro de suas cavernas, os Peruanos o vêem como o “suor do sol”, no hinduísmo e a “luz mineral” que é um sinal físico da inteligência Divina. Pindaro o poeta grego do séc V a. C., o chama de “filho de Zeus”, mesmo o símbolo químico do ouro – Au – deriva do latim para “alvorada brilhante”.
No Egito os Faraós extraiam o metal das areias do Nilo, que era utilizado, em moveis, jóias, utensílios, para o Faraó e os Deuses , chegando a utilizar eletro (uma liga de ouro e prata) para empoar o rosto, isto à 1500 a.C. O conhecimento dos ourives eram protegidos, como grandes segredos, um dos poucos que chegou em nossa mão e conhecido como Papiro de Ipwer, do século III, conservado na Universidade de Leiden, na Holanda, possuindo noventa receitas, para ligas coloridas, ouro e prata artificiais, aumentar o peso , volume do ouro e aumentando a sua dureza. Algumas de suas receitas, eram par dar brilho do ouro em superfícies metálicas, técnicas que faziam ficar mais baratas, como os próprios banhos utilizados hoje, tem fundamento nestas técnicas antigas, e algumas destas técnicas, já não usadas hoje. Enquanto outras, são base do que é utilizado hoje. E outro também falam do tingimento de tecidos, que possuíam uma aparência metálica, muito raro na época.
As duas minas de ouro mais antigas existente são egípcias, uma nos desertos que cercam o Nilo, na Núbia, a palavra nub referente a região, e também a palavra egípcia para ouro, que fica hoje no sul do Sudão. E a ouro no Alto Egito, no deserto que existe entre o Nilo e o Mar vermelho, ambos com mais 5000 anos, acredita-se que o Egito devesse possuir por perto de 700 mil quilos de ouro, o que faria ele a nação mais rica e poderosa do mundo. No mundo antigo existia minas na Espanha, Anatólia, Arábia, na África Central, Índia entre vários outros...
O ouro foi motivo de um numero incontável de disputas, guerras e traições, a busca deste viu metal foi alucinante, mesmo entre os alquimistas, e seus vis buscadores, levou a ruína econômica, e saúde, a busca da Pedra Filosofal, para muitos, e o pensamento de não ter alcançado a Magnum Opus, em seu tempo.
A busca da fabricação do ouro, metal este que juntado o de todo o planeta, teríamos um cubo com 18 metros de base linear, porem sua fascinarão, perpetua-se, afinal ele é o símbolo do Sol, nosso astro maior, fonte da vida dentro deste planeta, nosso “Deus”, manifestando o seu poder solar o ouro, mostra todo o seu poder de brilho perpetuo, incorruptível, possuindo uma analogia de perfeição, o sol dos alquimistas, e esta busca corresponde a entender que dentro de cada metal ou transmutação podemos nos tornar, e os metais em ouro, em DEUS....... a meta Suprema.
Para os alquimistas o ouro possuía a pureza inicial e era incorruptível, nunca se manchava, um sinal duradouro de tudo o que fosse bom, muitas reis, imperadores, sacerdotes utilizavam ouro em seus utensílios de trabalho, pratos, taças e tudo o que pude-se ser utilizado para que esta associação pode-se transmitir o seu poder, longevidade, ou mesmo curar, existem relatos do uso de ouro em vários remédios deste de Plínio o Velho, que usava em hemorróidas, ou o principio da homeopatia.
O brilho sedutor do ouro esta empregado, dentro de nossa psique e simbolismos , um mineral raro e puro, que não ocorre da mistura dos outros elementos, ele esta em tudo, nos veios d’agua, nas rochas, no mar em tudo, como as raízes de uma planta exótica.
Dentro da alquimia existe varias ciências interligadas, os estudos dos metais e forja, se tornaram parte expressiva do foco para os egípcios, em que seus sacerdotes e pessoas ligadas ao palácio, podiam penetrar os mistérios, sobre seus ligamentos e misturas, para melhorar sua pureza, ou mesmo mudar sua cor e seu volume, com por exemplo a mistura com o ferro, atribuía ao ouro um tom púrpura no ligameto.
A busca da obra começou a alcançar os mais altos níveis filosóficos, transformando, em uma busca pelo espírito, pela sabedoria divina, a meta de buscar ser poderoso dentro da criação material, sábio e quem sabe até imortal.
Nas palavras de Pierre-Jean Fabre, “ A alquimia não é simplesmente uma arte ou uma ciência que ensina a realizar a transmutação de uns metais em outros, mais sim uma ciência sólida e verdadeira que ensina a conhecer o centro de todas as coisas, o que na linguagem divina se denomina o Espírito da Vida”
A alquimia simboliza tudo o que o homem pode atingir, espiritualmente, em seu estado de matéria, quando mas sutil formos na matéria, mais próximo nos encontraremos dentro da Obra.
Por isso tais pensamentos, a busca do ouro seria como procurar poderes, que para atingi-los, você precisaria se transformar, mudar de estados, purificar-se para poder se transmutar e alcançar tais poderes, porém quando atingi-se tal caminho, busca, não faria mais sentido o ouro, os poderes, pois alcança-se algo que nenhuma palavra ou pensamento transmitido pode compreender. Por isso você deve percorrer o caminho.
A Magnum Opus deve ser percorrida materialmente (com o processo de transmutações) e espiritualmente (intelectualmente pela realização espiritual da busca), o segredo e encontrar a convergência entre as duas.
Nesta transformação de matéria é espírito, nós conhecemos o nosso ponto inicial, acreditando em nosso potencial, de transmutar tudo, dentro da matéria e do espírito, dominando o presente e futuro, pela compreensão do fundamento da matéria prima, necessária para a criação.
Alcançar a realização da Grande Obra, encontrar o Elixir da Vida, se poderia curar qualquer doença, e transmutar o corpo de uma forma incorruptível, um corpo de luz, que formariam mais tarde uma irmandade da luz e estão vivos, nossa regeneração interior se dará com a obra.
O Caminho para podermos voltar a nossas origens, o caminho solitário do buscador de sua iluminação, tal busca e sempre penosas e cheia de obstáculos.
O Adepto recebera a realização da compreensão da Trindade, dentro do conhecimento hermético para que ele pode-se compreender os ensinamentos e seguir pelo seu mérito, em busca da Magnum Opus, dentro da simbologia, ele receberia a tripla coroa da iluminação (onisciência, onipotência, amor divino) ou (sal, mercúrio e enxofre).
Os alquimistas deram muita importância em uma de suas medicinas, transmutações, a busca da pedra filosofal, e infelizmente outros conhecimentos foram se perdendo, devido a busca frenética da pedra filosofal, mais com certeza não totalmente perdida, pois o conhecimento não pode ficar ausente muito tempo, conhecemos algumas formas modernas de alquimia, tais como os florais, homeopatia, psicologia, filosofia, metafísica, entre tantas outras.........
As promessas para os realizadores da Obra são grandes, porem muitos poucos realmente à alcançaram, durante o seu caminho, suas palavras misteriosas, e sua filosofia secreta. Parte de seus mistérios são devido, ao poder incrível que possuem, pensem no seguinte, na segunda guerra mundial os nazistas e americanos tiveram uma corrida por textos alquímicos raros, tais textos se referiam diretamente para estudos da produção da bomba atômica, o conhecimento alquímico vai muito além disso posso garantir aos leitores. Por outro lado, os textos buscam, o herói existente dentro de nós, que busca a si conhecer, que busca superar os obstáculos, do Céu e da Terra, além do mais de os alquimistas deixa-se seu conhecimento aflorar, varias religiões, os cassariam, pensem que mesmo de modo obscuro, foi alvo da cultura islâmica, crista entre outras, mesmo levando as épocas de paz existente entre ambas.
As formas de passar o conhecimento, varia muito de mestre para mestre, e mesmo dentro da alquimia, tem-se mudanças, mais a reverencia a seus mestre, mitologia, provérbios, e ataques do absurdo são comuns, entre as formas de despertar. Como os provérbios chineses, hindus, os satoris Zen que desequilibram o intelecto, as histórias indígenas e mitologias, ou até mesmo piadas como as manifestadas por Osho.
Quando comparamos as obras de mestres alquimistas de diferentes escolas, nosso desespero aumenta, pois cada escola possui muitas vezes linguagem hermética diferente, focos e buscas diferentes, enquanto a alquimia ocidental, buscou mais a fabricação do ouro, os chineses e indianos, buscavam o elixir de longa vida, a evolução do espírito na matéria, na Índia a busca converteu-se em algumas linhas yoguinas, em que seus adeptos alcançavam siddhis, poderes yoguis, já os egípcios pesquisaram, metais, medicamentos, cada corrente contribuiu de alguma forma, para podermos chegar mais perto da Magnum Opus.
Nesta louca abstrata se desenvolveu uma nova forma de contempla a obra, e seus ensinamentos, os desenhos e pinturas, os chamados livros mudos, que eram uma resposta para se contemplar a simbologia, em que cada detalhe tem seu significado e importância na pratica da Grande Obra. Ao mesmo tempo provocou bastante discussão, afinal de conta, as pinturas possuem seu Satori, que será interpretado de forma diferente, por diferentes mestres, afinal, a transmutação e sua compreensão, das pinturas e seus ensinamentos, dependem também de sua própria compreensão e transmutação interior, estas discussões foram longas, entre os vários partidários, e épocas diferentes, as famosas divergências referente ao trabalho de simbolismo alquímico de C. G. Jung.
Não existe um pensamento, sistema, interpretação que se pode resumir a verdade alquímica, pois ela depende de sua alquimia interior, mais ela pode se totalizar na busca do ponto inicial, individual e o total.

“ O Universo e Uno e do Uno Tudo nasceu.”

Introdução à alunos da cadeira de Alquimia
Por. MP Nuno MNH