O Deus Antigo dorme para baixo no escuro e úmido odorous,
sob os pés esperando por nós.
Para acabar com as nossas raízes
Dentro de cada centro sagrado das florestas e bosques ele se senta meditando, abaixo de um carvalho como um iluminado Buda, o Deus medita na ligação dos três mundos unindo o Céu, Terra e Mar, tornando-se assim um só. A sua frente o galdeirão em que fluem os 5 rios se encontra e a sua volta a floresta se desenvolve, é nós envolvemos as florestas, como que buscando esta conexão divina.
Os seres divinos da floresta se aproximam através de seus Guardiões, a Antiga Coruja, o Passaro Preto, o Senhor do Tempo, a Águia, o Senhor do Ar, o Olho do Sol e até mesmo o salmão mais velho, vieram ser abençoados pelo xamã de olhos de fogo, em que a água antiga corre pelo corpo, coroado pelo seu fogo verde e em suas mãos o Torq que prova sua nobreza e divindade e a serpente de chifre que demonstra seu poder sexual sagrado, em sua floresta de poder.
Origem
Pouco realmente se sabe sobre a origem deste Deus, muito se especula. Acredita-se que seu culto teria se estabelecido dentro da Era do Bronze, os antigos celtas possuíam dentro de seu panteão vários animais que eram divinizados com representantes físicos dos Deuses.
Muito mais conhecido dentro da cultura celta em especial dos parisiis, que viviam no que conhecemos hoje como França, receberam a invasão romana em 52 a.C, e antes disso tiveram influência de gregos na região de Marselha. Possivelmente influenciados por gregos e romanos foram aos poucos realizando seus Deuses como semelhantes perante os aspectos humanos, em especial após a conquista romana da Galia.
O próprio nome do Deus somente possui uma ocorrência no famoso Pilar dos Barqueiros (Pilier des Nautes), construído por marinheiros gauleses do século XIV d.C, descoberto nas fundações da Catedral de Notre Dame de Paris, local da antiga cidade galo-romana de Lutécia. O Pilar rotula o nome de vários deuses romanos, e o nome de (C)ernunnos (o ‘C’ se encontra atualmente apagado) pode ser visto claramente.
E amplamente conhecido como o Senhor dos Animais , por ser associado freqüentemente com as criaturas da floresta, como que simbolizando sua fecundidade alcançada pela floresta em que o gamo real habita. Ao mesmo tempo sua ligação com os marinheiros e o comércio e bastante sugerida, é de se lembrar que Cernunnos sempre e retratado com uma bolsa de moedas.
Os antigos buscavam o Deus para receberem seu poder animal, para com tal espírito animal pudessem ser bons caçadores, suas representações retratam em alguns casos a própria pré-história, quando o homem e o animal não se encontravam tão distantes como hoje vivenciamos.
Aspectos do Deus
Meio homem meio animal, coroado com o chifre que é uma representação de sua relação Solar, como que também simbolizando as copas das arvores, protetor de forma geral dos animais, apesar de ser relacionado a colheita e a caça, como o Senhor da Caça Cerimonial, tem sua ação relacionada a uma trindade física as arvores, floresta e vegetação, sendo assim um aspecto conhecido como Green Man (Homem Verde), o guardião da vida verde diremos assim.
Nossos instintos animais por ele e lembrado, em sua sabedoria busca a renovação dando vazão ao que é velho para a entrada do novo.
Como “Senhor da Trevas” ele conforta as almas dos mortos, com doces cantos que confortam-nas em sua caminhada em busca de descanso no outro plano. Enquanto caçador selvagem perseguem as almas maléficas que desequilibram a Terra e Natureza como os espíritos em que nela vivem.
Um dos mais famosos aspectos conhecidos do chifrudo e o Deus grego Pan, famoso por ser “libertino” porém eu diria libertador de uma energia pura e bela.
Roda
Honramos Cernunnos na primavera e verão, na meia luz do ano. Enquanto Deus das Trevas no outono e inverno, na meia escuridão do ano. Sua caminhada inicia-se na primavera como o jovem filho da Deusa, adulto durante o verão se torna o Homem Verde e durante o outono ele é o Deus Chifrudo que conhecemos. No inverno ele e sacrificado, ferido de morte inicia sua jornada ao submundo para novamente renascer na nova estação que surgi.
Caminhada
Cernunnos percorre sua caminhada dentro do mundo natural, em lugares selvagens muitas vezes desconhecido do homem, a compreensão dos processos do crescimento, descanso, recompensa e o renascimento. Cada um possui sua trilha dentro desta floresta que somos em busca de nosso centro. Nesta floresta o silêncio reina e o tempo ocorre fora deste lugar sagrado. O instinto a real sabedoria inata de nosso Ser é o nosso único guia.
Qualquer pessoa que busque realmente a comunhão com a Mãe Anu, percorre a trilha junto a Cernunnos como um verdadeiro Xamã.
O Filho, o Pai e o Espirito Selvagem e a sua verdadeira trindade.
Cern-nu-noh-oh-oh-oh-os
Por. Cernunnos Além / MP Nuno MNH