Amoreira, Amora, Amor

Nesta manhã nublada resolvi plantar amora e, desta forma, tudo se transforma em uma oportunidade de conhecimento. Quando colocava a mão na terra, com esta houve troca de conhecimentos, que aqui compartilho com vocês.

A amoreira é de origem chinesa e pode produzir frutos de três cores: branco, vermelho e preto. Pode ser consumida in natura ou podem ser produzidas uma infinidade de derivados, como geléias, sucos, vinhos, iogurte, doces, compotas, sorvetes, licores, xaropes, tinturas, florais etc.

Sua ação é anticancerígena e também combate a osteoporose. É um tônico muscular muito bom para práticas esportivas. Depura o sangue, ajuda na digestão, tem ação calmante, efeito anticéptico, atua como vermífugo, laxativo e adstringente. Possui em suas propriedades medicinais uma combinação de Vitaminas C e E que a torna um maravilhoso antioxidante e redutor do nível de colesterol, sendo boa para as pessoas que sofrem de reumatismo, gota e artrite.

Quando utilizada como xarope, a amora possui bons resultados na cura de amidalite, inflamação nas cordas vocais, rouquidão e aftas. Suas flores frescas utilizadas em suco destinam-se ao tratamento das vias urinárias.

Indicações terapêuticas

Dor de dente, pressão sanguínea, tosse, inapetência, prisão de ventre, inflamação da boca, febre, diabetes, dermatoses, eczemas, erupções cutâneas

Propriedades terapêuticas:

· Frutos: tônico, laxante

· Folhas: antibacteriana, expectorante,sudorífero

· Cascas: anti-reumática,reduz a pressão sanguínea, analgésica

· Cascas da raiz: sedativa, diurética, expectorante

Receitas de saúde

· Laxante simples: comer os frutos lavados de manhã, em jejum.

· Bom para inflamações de garganta e da boca. Fazer bochechos e gargarejos com o suco fresco dos frutos.

· Combate diabetes : infusão com 10 g de folhas em 100 ml de água.

· Para dermatoses, eczemas e erupções cutâneas, sob forma de cataplasmas: pegar um punhado de folhas, lavar, secar, colocar numa panelinha com duas colheres de sopa de água. Aquecer até que o líquido evapore. Pegar as folhas, estender sobre uma gaze e esmagar um pouco para que saia o líquido. Aplicar quente, mas não fervente, deixando sobre a pele até esfriar. Repertir mais duas vezes.

· O suco de amora, quente, adoçado com mel, tem bons resultados em casos de problemas na garganta, amidalite, rouquidão, inflamação das cordas vocais.

· Inflamações da boca: espremer alguns punhados de amoras, ainda que não totalmente maduras,recolhendo o líquido em uma tigela. Fazer bochechos freqüentes com este suco diluído em pouca água.

· Dores de dentes: Decocção; em fogo moderado, ferver 40g de raízes de amoreira em meio litro de água, até que fique reduzida à metade. Depois de morno, filtrar o líquido e empregá-lo em bochechos.

· Diurético: Infusão; deixar em infusão, até amornar, um punhado de folhas secas de amoreira em um litro de água fervente. Filtrar o líquido, bebendo-o em calicezinhos durante o dia para que produza efeito diurético.

· Garganta, tosse: Xarope; esmagar ao máximo algumas amoras negras e recolher o suco em um recipiente de alumínio esmaltado ou de vidro. Adicionar açúcar numa quantidade que tenha o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando. Quando esta mistura adquirir a consistência de xarope, deixá-la esfriar e guardá-la num vidro bem fechado, conservando-o em local fresco e escuro. Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas colherinhas do xarope em um cálice de água morna, empregando-a em gargarejos.Em caso de tosse,dissolver uma colherinha do xarope em uma xícara de água quente e tomá-la.

· Estômago(inapetência): Decocção; ferver 20g de cascas de amoreira branca em meio litro de água. Filtrar o líquido e adoçá-lo, tomando-o em calicezinhos meia hora antes das refeições.

· Intestinos (prisão de ventre): Decocção (laxativa): em meio litro de água, ferver 15g de raiz e casca de amoreira misturadas. Quando o líquido ficar morno, filtrá-lo e adoçá-lo com mel. Beber metade pela manhã, em jejum, e o restante à noite, antes de deitar. Para obter-se um laxativo de efeito mais rápido, deve-se aumentar em até o dobro a quantidade de casca e raiz, ou seja 30g das cascas e raízes misturadas, regulando-se quantidade de acordo com as reações do organismo a este tipo de purgante. Também os frutos ingeridos frescos e temperados com um pouco de açúcar, especialmente da variedade negra, ajudam no funcionamento do intestino.

· Pele (dermatoses, eczema, erupções cutâneas): Cataplasma; colocar um punhado de folhas frescas de amoreira, depois de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou duas colheres de água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze, esmagá-las um pouco fazendo sair todo o líquido e aplicá-las quentes (mas não ferventes) sobre a região afetada. Quando a compressa esfriar, renová-la mais duas vezes.

· Pressão sanguínea alta: Infusão; colocar um punhado de folhas frescas de amoreira em meio litro de água fervente. Depois de morno,filtrar o líquido, bebê-lo em cálices no decorrer do mesmo dia em que foi preparado.
Febre: 40 a 80g de folhas por litro em infusão.

· Diabetes: Infusão; utilizando as folhas, 1 xícara 4 a 6 vezes ao dia.

Contra-indicações:
Não se deve consumir o fruto em caso de diarréia. Não se deve administrar as folhas nem raízes no caso de debilidade ou "frio" pulmonares. Em caso de dúvida deve-se recorrer ao médico.

Mais importante do que as informações aqui expostas, devemos conhecer nosso jardim, a medicina que se apresenta diante a você. Ouvir e observar é muito bom para a nossa saúde e o equilíbrio de nosso ser. Conheça as plantas que estão em sua vida e veja a grande ação mágica que elas podem desencadear. A interação com as plantas é uma troca de energias, de conhecimento e de amor. O ato de plantar é um ato de amor, que nos retorna com a colheita.

MP Nuno Maha

· Gostaria de aqui recomendar um blogger muito interessante sobre medicina natural http://naturalmedicina.blogspot.com/ aprofundem-se em sua busca.

A cura em nosso Jardim

Somos todos Um. Este princípio muitas vezes é realizado durante nossa busca pelo restabelecimento pleno de nosso Ser, que incluir a harmonia da saúde.

A mãe natureza propiciou, em sua manifestação, todos os tipos de elementos, que constituem a base de tudo que conhecemos, dentro do mundo material, os quais, por sua vez, fornecem o necessário para nosso equilíbrio energético, refletindo em saúde.

Toda a criação manifesta-se por vibração. A vibração é movimento e o movimento é som. O universo, assim, é música e dança. As vibrações emanam do centro de nossa galáxia, as quais são catalizadas pelo Sol e pela Lua, os quais, por sua vez, repassam tais vibrações para a Terra. Esta vibra tais emanações para os elementos aqui existentes, em conformidade com o grau de consciência (a consciência é um nível de vibração), por correspondência e sintonia, vibram em tais movimentos energéticos. Assim, os elementos existentes na Terra captam as vibrações repassadas do Centro da Galáxia que correspondem ao padrão de consciência e vibração deste plano e, por sua vez, vibram na freqüência capatada. Tais correspondências aplicam-se aos lençóis freáticos, à flora e à fauna, ao plano mineral, chegando ao próprio homem, que expressam essa manifestação vibracional da criação em realizações materiais dentro deste plano. Podemos extrair dessa lição a compreensão das plantas que são simpáticas à nossa cura, por exemplo, as quais, por sintonia de vibração, têm o potencial de restabelecer nosso equilíbrio vibratório.

Tudo de que necessitamos encontra-se à nossa volta, a todos os níveis de nossa trindade de existência, que correspondem às nossas três “vidas” : Vida Espiritual, Vida Emocional/Intelectual e Vida Material. Todas as nossas necessidades encontram-se a nosso alcance: saúde, amor, riqueza, paz, sucesso, prosperidade, realização espiritual etc. Cabe a cada um harmonizar-se com sua própria vontade para compreender a própria busca e poder perceber o que necessita e escolher os elementos vibracionais necessários para escolher suas ações e concretizar sua vontade.

Não há coincidência quando uma planta nasce em nosso jardim. Ela ali se manifesta por vibração e sincronicidade com as nossas necessidades. Estamos todos interligados, nós, as plantas, os animais, os minerais, a Terra e o Universo e tudo que nele é contido. Um velho Xamã ao ensinar este conhecimento, disse que o Pai Sol envia sua energia sobre a Mãe Terra, que assim se desenvolve através da energia solar e manifesta a sua criação. E nós, como filhos, recebemos esta dádiva através das plantas. Os animais na floresta procuram as plantas que trazem a cura de seus males. Cientes disso, os índios observavam os animais para aprender sua medicina e trazê-la para a aldeia. Várias tradições ocultistas e mesmo algumas religiosas ensinam que nos alimentamos de Sol, da energia solar. Dentro de cada Ser existe um pouco desta energia. As plantas recebem esta energia, as quais são ingeridas por insetos e animais, os quais, por sua vez, que são comidos por outros animais, até acabar, de alguma forma, nas refeições em nossas mesas.

Quanto mais perto da fonte energética, isto é, do Sol, maior a carga e potencialidade energética, maior é a energia de vida. As plantas carregam de forma mais intensa essa energia e são melhores para o consumo, o que já não ocorre com a carne, que carrega menos energia solar, além de conter hormônios, antibióticos e outros substâncias com as quais os animais de abate são alimentos que acarretam nosso desequilíbrio energético e trata-se de um consumo que adiciona Karma. As plantas, por mais que também se encontrem carregadas de elementos químicos e pesticidas em seu cultivo, ainda são a melhor opção de consumo, por conter maior densidade de energia solar e não adicionar karma.

Estamos aonde deveríamos estar. Este princípio aplica-se a Tudo e a Todos. Assim, as plantas que estão em nosso jardim encontram-se no local certo.

Podemos não perceber quando uma doença instala-se em nosso corpo e não mais possuirmos a consciência de nossa ligação com o meio ambiente que nos cerca. Todavia, apesar da inconsciência, nossa ligação com o meio ambiente continua existindo. Assim, o ambiente, por sincronicidade de vibrações e apesar de nossa cegueira perante a doença que se instala, fornece os elementos necessários ao restabelecimento de nosso equilíbrio energético que produz a cura. Equilíbrio é harmonia energética, harmonia entre os pólos opostos. O Universo e tudo nele contido, inclusive nós, buscam esse equilíbrio. O equilíbrio deve ser mantido, assim nossa cura nasce diante nossos olhos.

Sempre há plantas que insistem em nascer em nosso jardim, num corredor, num muro ou mesmo em nossas soleiras de portas e portões. Há terrenos que demonstram ser completamente inférteis e, de repente, a vida ali se manifesta em plantas e ervas que começam a nascer. Muitas vezes, quando a planta medicinal manifesta-se, a enfermidade já se encontra instalada, porém ainda não manifestada no corpo físico ou sem que percebamos ainda seus sintomas. Se compreendermos esta ação de sincronicidade da natureza, em prol de manter nosso equilíbrio vibracional energético, podemos nos curar mesmo antes da doença manifestar-se. Esta manifestação de união vibratória da natureza conosco demonstra que certas plantas, por mais que se tente, não podem ser erradicadas de um determinado local, pelo fato de ser necessárias nesse mesmo local, nesse exato momento, a alguém que delas necessita para o restabelecimento de seu equilíbrio energético.

Quando uma doença é finalizada, a necessidade desta ligação de cura não é mais necessária e acaba se extinguindo, de modo que a planta não mais cresce.

O conhecimento instintivo de colher os atributos medicinais das plantas encontra-se registrado em nossos bancos de memória, em nosso DNA, porém há muito foi esquecido a nível consciente. O resgate desse conhecimento é possível, se aprendermos a ouvir nosso eu interior e, por sincronicidades, voltarmos a perceber a doação espontânea da natureza das plantas necessárias ao restabelecimento de nossa equilíbrio energético e, assim, de nossa cura dos males que nos afligem.

Ouça o seu Coração e a Mãe Natureza e tudo estará bem.

Ditado Xamanico

Por. MP Nuno Maha

A Trindade dos Chakras

Os chakras são vistos como flores energéticas do homem e, pelo número de suas pétalas, podem ser diferenciados. Estes espirais sutis de energias atraem, irradiam e dissipam nossas qualidades e ao mesmo tempo são nossos conectores junto ao nosso prana de freqüência, nossas dimensões psíquicas ou mesmo uma diversidade de dimensões.

Existem dois fluxos de movimento energético direto dentro dos chakras:

Expansivo/Yin: Este movimento expansivo leva a energia para fora do corpo, abrindo o Ser para a vida, oferecendo sua energia em trocas, relacionamentos, tudo que remete a um estado de liberdade e doação a Tudo e a Todos.

Acumulativo/Yang: Com este movimento acumulamos energia e poder para nós mesmos, de uma forma individual e centralizadora, desenvolvendo nosso poder de ação e vontade de forma ativa.

A energia Yin encontra-se à nossa frente, enquanto a energia Yang encontra-se atrás de nós. Podemos compreender esta ação como energias que nos expandem e nos protegem através de seus fluxos naturais. Existem momentos nos quais nos doamos e existem aqueles nos quais precisamos nos centralizar a nível energético. No ocultismo, há diversos estudos que traçam a concepção da relação havida entre o doador/receptor, iluminador/vampiro, salvador/vítima e assim por diante.

Enquanto a energia Yin remete à forma que sentimos e recebemos a vida, a energia Yang leva ao caminho de como agir e reagir diante da vida.

Quando, em casos raros, este fluxo energético é invertido, ou seja, quando o movimento energético Yin (que normalmente sai em frente ao nosso corpo) passa para trás, há inversão igualmente do fluxo da energia Yang, refletindo em bloqueio na vida, a pessoa fica sem forças para a tomada de ações.

Existe uma trindade entre os chakras, que é comparada a vias ou caminhos de ação e de movimento da vida e do Ser :

- Via Inferior: 1º, 2º e 3º Chakras estão mais ligados à Terra, por isso são inferiores, direcionados para baixo, em busca da compreensão, satisfação de desejos e a continuidade da vida material. Prende-se à lei do Karma em busca da realização de sonhos. Para o Ser centrado nesta via é difícil enxergar algo além de si, a satisfação de seus desejos vem em primeiro lugar, busca sua segurança, tanto pessoal como financeira, seus medos muitas vezes manifestam-se na possibilidade de algo que impeça suas projeções de felicidade. É através desta via que nos manifestar dentro deste mundo material, pois é necessário um corpo físico para a consciência individual expressar-se e tocar este mundo com os sentidos.

- Via Superior: O 5º, 6º e 7º Chakras estão mais ligados a energias sutis, tornam a pessoa receptiva à espiritualidade, ao conhecimento e à criatividade. Sua busca está ligada ao aperfecionamento do Ser, desta forma procurando a compreensão e manutenção da vida espiritual. Tais pessoas encontram-se despertas, além da lei do Karma, pois refletem o entendimento e possuem consciência de suas ações dentro da peça teatral da vida. Estas pessoas possuem muita dificuldade de lidar com o mundo material de forma prática, dificuldade de relacionamentos sociais comuns, tendem a procurar refúgios, isolarem-se em seus círculos restritos que compartilham o mesmo nível. Dentre tais pessoas encontramos muitos ocultistas, esotéricos e espiritualistas.

- Via do Meio: o 4º Chakra é o transmutador, o equilibrador. Para quem trabalha com este chakra dá-se a busca através do amor, da união dos opostos, da alquimia do Ser. “ O amor materializa o espírito e espiritualiza a matéria.”

Para uma caminhada equilibrada na vida, necessitamos trabalhar com todos os “7”chakras, para podermos exercer uma experiência realizadora em vida, buscando vibrá-los em igual intensidade .

Entre os dois pólos Yin e Yang encontramos tanto o chamado hiperespiritualismo, como o hipermaterialismo, que, em quaisquer dos casos, é comum o desequíbrio do Ser. Porém, em tais extremos, muitas vezes encontram-se tanto os iluminados, como os bilionários.

Por. MP Nuno Maha

Imagens de um Domingo

Comecemos pelos guardiões da Casa, a Cacau e o Xingu.

Colhendo a salada nossa de cada Dia.

Contruindo a Terma Mescal, Sauna Xamanica ….

Mestre Nuno trabalhando e descansando, e só ele olhar para a camera que normalmente provoca algo, veja a fumaça envolta.

E o tucano que ficou nos observando enquanto trabalhavamos e o jacu que trouxe o final de nosso lavouro de hoje.

A Vulgarização da Espiritualidade e seus Niveis

A cada geração, novos conceitos surgem e tabus são ultrapassados. Nossa realização junto ao Supremo difere mediante a cultura e a época em que se encontra manifestada.

Como os antigos, vivenciamos a renovação, a reciclagem de antigos conceitos e princípios espirituais, os quais, neste mundo material, podem ser verificados dentro de três princípios básicos, relacionados ao padrão vibracional a que estamos conectados.

Baixa Espiritualidade – primeiramente, é de bom tom esclarecer que se trata de nível hierárquico de trabalho espiritual, de acordo com o nível de espiritualidade das pessoas que trabalham esse caminho – todos os níveis da espiritualidade devem ser trabalhados para que haja equilíbrio no plano. Assim, por baixa espiritualidade deve ser compreendido o nível mais básico, o equivalente aos primeiros degraus do caminho espiritual. Dentro desta linha encontram-se doutrinas que possuem a hierarquia espiritual mais próxima da densidade material, algumas vezes com princípios filosóficos ligados ao aprisionamento do Ser para a sua futura libertação. Os caminhos relacionados à baixa espiritualidade trabalham, geralmente, com a compaixão e o consolo das dificuldades humanas, sendo mais complacente com os erros cometidos em função da limitação do nível de consciência do ser humano encarnado neste plano.

Média Espiritualidade – O caminho do Meio encontra-se entre a densidade mais próxima da matéria e a sutileza das hierarquias espirituais mais elevadas, muitas vezes levando a um contato mais próximo com o Supremo (Judaísmo, Umbanda, Confucismo, Bruxaria, Religiões Daimistas, dentre outras)

Alta Espiritualidade – Na alta espiritualidade há a ligação direta com as mais altas hierarquias espirituais que podem ser acessadas. O padrão energético é extremamente sutil, com princípios ligados diretamente à libertação total do Ser, a nível espiritual, emocional e material. É um caminho mais exigente por envolver níveis de consciência mais elevados, trabalhando com o esclarecimento àqueles que percorrem tais caminhos. Por serem doutrinas que buscam a libertação, trabalham com a verdade (“Conheces a verdade e a verdade vos libertará”). São raras as almas que conseguem atender à exigência desse caminho intenso e profundo. (Hinduísmo, Budismo, Xamanismo, Taoísmo, Hermetismo)

Apesar de todos os caminhos de busca da espiritualidade estarem disponíveis, com a vida moderna nossos valores e princípios mudaram de uma forma tal, que se tornou difícil a possibilidade de uma profunda rendição em busca de realização espiritual. A determinação e a seriedade perante o caminho tornou-se conflitiva.

Particularmente, sigo um principio que busca uma profunda cognição, visando tornar-me o próprio caminho, seja ele qual for. Nesta senda, trilhei vários caminhos, inclusive o monastério. Às vezes, fico chateado pelo fato de que o aprofundamento do Ser em sua caminhada espiritual “não é moda”. Se virasse moda, como tantas que temos em nossa sociedade moderna, o mundo seria bem melhor.

O caminho, em especial no ocidente, é muitas vezes centralizado na via material, pela busca do vil metal, que representa oposto da verdadeira busca espiritual. Muitos acreditam que algum curso de “final de semana”, possam realmente transformá-lo em sacerdote, xamã, mago, alquimista, cabalista ... e assim correm os vãs títulos que iludem nosso ego e tapeiam nossa busca. A espiritualidade, infelizmente, não é algo que se compre, passando um cartão de crédito.

Os cursos, tão comuns nas grandes cidades, possuem sua importância na disseminação do conhecimento, levando o buscador a iniciar-se dentro de uma linha. Porém, a espiritualidade não funciona como uma faculdade, da qual você sai com um diploma, habilitado a exercer a profissão na qual se formou. Na espiritualidade, muitas vezes a realização de um curso pode não acrescer nada para aquele que o realizou. Assim como muitas pessoas, que nunca fizeram um curso sequer, muitas vezes até analfabetas (em nossos conceitos civilizados apenas, destaque-se), é muito mais espiritualizada que vários doutores formados em nossas universidades (os xamãs indígenas que o digam...). Quero destacar, que a realização de um curso que envolva questões espiritualistas, por si só, não faz a pessoa realizadora do mesmo.

Mais importante do que acumular títulos é sua realização. Por realização entenda-se trazer tais ensinamentos para a nossa vida diária e, assim, transformar este despertar numa nova dimensão existencial para si próprio e para as pessoas que se encontram envoltas a nós. Mais importante que qualquer curso, é a espiritualidade que praticamos no dia-a-dia, buscando conhecer melhor a nós mesmos e ao mundo ao nosso redor e, com sorte, conseguirmos perdoar a nós mesmos por ainda sermos tão egoístas e termos tantas tentações fúteis, erros grosseiros e desamor. Com mais sorte ainda, conseguirmos também perdoar aos demais ao nosso redor pelos mesmos erros que cometemos todos os dias. Quem sabe um dia, realmente amarmos uns aos outros incondicionalmente (um dia chego lá...).

Por. MP Nuno MNH

Tormento dos Metais

“Nenhuma coisa pode ser transformada noutra natureza sem que tenha sido previamente convertido em cinzas, cal ou terra”

Nodo Sophico Enodato 1639

Quando iniciamos o caminho dentro da Nobre Arte, possuímos muitos devaneios sobre como é o caminho++ ou mesmo como deveria ser tal caminhada.

Porém vos digo: ninguém se encontra preparado para os tormentos emocionais e intelectuais com os quais nos deparamos durante nosso aprimoramento, enquanto Ser.

Necessitamos deixar os velhos conceitos materiais, sociais e até espirituais, já que no Ocidente o que prevalece é a baixa espiritualidade, o plano que se encontra mais próximo de nosso denso mundo material.

Muitos trazem para dentro do caminho alquímico seus conceitos aprendidos durante a sua vida, porém é de se lembrar que o hermetismo é a flor mais rara da sabedoria divina. Desta forma, para que possamos nos tornar parte deste plano, é necessário retirar as coisas antigas, para que esta nova essência divina possa assim preencher o nosso Ser.

O tormento dos metais é muitas vezes comparado à terrível luta exercida contra nosso ego, arrogância, mesquinhez, teimosia, autoritarismo . Quanto mais penetramos em nosso Ser, maior a fricção que provoca a incineração de nossas pedras emocionais, acumuladas durante a caminhada da vida.

Somente seremos realmente o Homo-Alquímico, quando o homem “moderno” material transformar-se em cinzas, morrer para este conceito material e transmutá-lo dentro das máximas da Alta Espiritualidade.

Dentro deste tormento, existem 3 etapas que chamamos de calcinações

I. Furto da humanidade fria (Corpo Lunar) – Quando deixamos conceitos sociais e adotamos os espirituais, observamos o reflexo da obra divina.

II. Terranalidade é removida (Corpo Solar) – Quando conseguimos renovar o nosso corpo material, transformando-o num padrão energético superior, mais puro, mais solar, por assim dizer (retiradas as energias depreciativas provocadas pelo consumo de álcool, drogas, carne, como também as energias provenientes de nosso comportamento emocional)

III. Retirar a 5º essência do elemento. – Quando ocorre o novo despertar deste elemento, suas qualidades plenas Divinas manifestam-se dominando e expandindo sua benéfica influência e poder essencial.

As calcinações são estágios dentro do processo alquímico que tem como objetivo a transmutação do estado material encontrado no elemento para a preparação do mesmo material dentro desta agricultura celestial.

“Toma a sua alma e devolve-lha, porque a corrupção e a destruição de uma coisa é o nascimento de outra. Isto significa: despoja-o da humidade destruidora e aumenta-a com a sua humidade natural, que será a sua completude e a sua vida”

Aurora Consurgens, sec. XVI

Para os partidários da alquimia espiritual, a humidade natural representa as nossas emoções, as quais devem realmente ser deixadas de lado para que possamos seguir em frente, com uma saudável plenitude emocional. A renovação filosofal inicia-se, o uso destruidor do fogo interno e externo faz-se necessário.

Por. MP Nuno MNH

Colhendo o que plantamos

Muito já fora dito sobre o que plantamos dentro de nossa caminhada espiritual, e também as questões do que acabamos realmente plantando, o que pode ser observado durante nossa colheita, dentro do mundo espiritual, emocional e espiritual.

Mais do que palavras dentro de um assunto bastante explorado, imagens para a nossa reflexão e meditação.

Eternamente buscando realmente realizar a Grande Obra.

* Fotos de nossa caminhada aqui.

Irmandade Polimata

Amuletos Mágicos Egípcios

Os amuletos são objetos fabricados de diversos materiais diferentes, que tem em principio o objetivo de proteger os vivos ou mesmo os mortos.

A palavra “amuleto” e de raiz arábica e tem como tradução “portar/carregar”, em suas origens eram principalmente utilizados para se protegerem de serpentes e animais perigosos, à de se lembrar que tais povos nômades do deserto eram muitas vezes pastores, e defender os animais era primordial.

Com o desenvolvimento da religião egípcia novas idéias e necessidades se apresentaram para a constituição de novos amuletos, e dentro destas novas idéias, a imaculação e guarda do corpo corruptível durante os ritos funerários, levou aos sacerdotes a possuírem uma relação direta de cada membro do corpo junto a um Deus, colocando cada membro sobre a proteção deste Deus relacionado, assim o corpo duplo, isto é material e espiritual estará protegido.

Se classifica normalmente os amuletos egípcios de duas formas.

· Os que tem inscrições

· Os que não possuem inscrições

Na era pré-dinástica egípcia os sacerdotes simplesmente recitavam orações enfrente aos amuletos ou mesmo pedaços de papiros. Quando se iniciou o processo de gravação de amuletos, buscava-se manifestar tanto o poder inerente do material utilizado, como também a intenção do amuleto requerido.

A palavra de poder mais antiga conhecida da cultura religiosa egípcia e os “hekau” que possuía uma importância impar dentro dos ritos de passagem de além vida, afinal o próprio Livro dos Mortos possui referencia de sua importância, demonstrando a necessidade de atrair para o morto tais influências mágicas.

Os amuletos mais antigos são normalmente feitos de xisto verde, como esta peça abaixo datada do sec. XXI ao XIX a.C, contemporânea da época bíblica de Moises que se encontra dentro dos arquivos arqueológicos que a Irmandade Polimata do Brasil possui em território nacional.

Falemos então deste amuleto em questão o TET, ele representa o tronco da arvore em que a Deusa Isis, guardou o corpo de seu marido Osiris. As quatro linha representam os pontos cardeais. Dentro de sua simbologia se encontra a compreensão da reformulação e reconstrução do corpo físico de Osiris, possuindo relação direta a este Deus.

Este amuleto possui relação direta no Livro dos Mortos.

“ Levanta-te, ó Osiris! Tu tens a tua espinha, ó Coração Silencioso! Tens os ligamentos de teu pescoço e de tuas costas, ó Coração Silencioso! Coloca-te sobre tua base, eu coloco água debaixo de ti e trago-te um Tet de ouro para que possas rejubilar-te nele”

Livro dos Mortos Egipcio, Capitulo CLV

O Tet tinha que ser imerso em água de flores de ânkham antes de ser colocado no pescoço do falecido, ele desta forma dava poder para reconstruir o corpo de forma perfeita, para se tornar um khu, um espírito dentro do submundo. O Tet normalmente se encontra na mão esquerda da múmia, podendo ser de madeira, xisto ou ouro na maioria das vezes.

Por.   MP Nuno MNH

Todo homem e toda mulher é uma estrela

Sim desde o primórdio dos tempos o ser humano tentou em vão ser comparado a uma estrela como disse Aleister Crowley:

Todo homem e toda mulher é uma estrela, e esta é a lei.

Mas o ser humano está sempre criando Deuses e se sentindo inferiorizado, alguns ainda dizem que o ser humano não seria capas de criar ou descobrir nossa tecnologia, através de sua própria sapiência, estão sempre dando crédito a um ser alienígena ou a um determinado Deus.

A Magia existe e sempre vai existir ela é a força que rege o universo é com a Magia que conseguimos criar Deuses e Demônios.

Todo homem e toda mulher é uma estrela, empiricamente todos sabem disso ou fazem acontecer, criando com isso seus Deuses e seus Demônios, somando a isso muitos dos seres que são viajantes deste universo ou mesmo alienígenas que se aproveitaram desta ignorância e se apresentaram como Deuses, ou seja, foram vistos e reconhecidos como Deuses.

O ser humano tem necessidade de possuir alguém superior a ele, em geral não aceita ser o senhor do seu próprio destino,e vive dando crédito de suas realizações aos Deuses ou mesmo demônios.

Como uma vez disse Helena Petrovna Blavatsky, considera que todos os homens são magos no sentido último da palavra, assim todos podem utilizar o divino poder criador da magia e do verbo, seja através do pensamento, palavra ou ação.

Esta é uma analise do conhecimento esotérico universal que estaria contido em toda e qualquer tradição filosófica ou religiosa

Não é a intenção com isso menosprezar qualquer entidade religiosa, pois os Deuses criados ou não, estão presente e onipresente dentro deste plano e assim eles vivem e existem juntos, criador e criatura se completam e não importa a ordem quem criou quem.

Eu temo que, se meus demônios me abandonassem, meus anjos também fugiriam.”

Rainer Maria Rilke

O grande objetivo dentro de uma “Magia Universal” seria o autoconhecimento, a pessoa ter autocontrole, uma elevação espiritual e intelectual, ter e manter um equilíbrio social e emocional, saber dominar seu próprio destino, viver bem e saber entender tanto o Mundo Material quanto o Mundo Espiritual;

MS. Odédemim

O Universo falando comigo

Nesta ultima terça feira dia de Marte com muito pesar perdi um casal de periquitos, ao acordar percebi que a femea tinha abandonado o corpo, e 1 hora depois o macho, iniciou sinais que buscava também partir.

Enfrente ao altar cantei as canções de passagem, e em minha mão, na metade dos mantras ele partiu olhando para a minha face.

Reconheci o universo conversando comigo, sobre os fatos da vida.

Ontem na quinta feira dia de Júpiter, recebi um presente inesperado da natureza, um casal de esquilos foram deixados enfrente a minha porta logo cedo.

Uns seguem em sua caminhada, enquanto outro iniciam uma nova caminhada, são os ciclos da vida, um reflexo claro que pode ser interpretado de diversas formas.

O que vejo com certeza e uma nova e realizadora caminhada junto aos novos animais poder que diante de mim se manifestam, me tornando neste instante o caminho.

O Universo me tem muita misericórdia, está sempre me ocupando em sua Obra. Como caminhante continua a observar os animais, plantas, pessoas passarem em seus disfrutes e continuo a observar ………

Noticias / Julho 2011

Os trabalhos de reforma continuam apesar do ritmo lento.

O Altar ainda se encontra improvisado, a uns dias foram adquiridas parte das madeiras para a construção do novo Altar Mor.

Foi separado um tronco com seis metros de comprimento para a construção do primeiro toten da casa.

Estamos limpando o local onde será erguido a Oca do Suor, para os trabalhos de pajelança/xamanismo.

A Horta da Casa continua sendo organizada, estamos produzindo apenas para o nosso próprio consumo de forma bastante reduzida ainda. Nossa lista inicial de variedades é; alface, rúcula, couve, brócolis, repolho, alho poro, tomate, agrião, milho, beterraba, salsa, cebolinha, hortelã, alecrim, manjericão, melissa, ….

Foi plantada a Romã das antigas feituras ligadas ao Deus e a Deusa que me acompanham em solo brasileiro, estaremos em breve construindo um altar externo enfrente a Mãe Romã.

O 1º Laboratório de Alquimia continua em reforma, está sendo instalado a canalização do gás, sistema e exaustão e o sistema de circulação de água de resfriamento da vidraçaria laboratorial.

Caminhada

Durante nossa caminhada, varias adversidades se manifestam durante o caminho, como vosso poeta Drummond disse “Havia uma pedra no meio do caminho” Como a própria frase diz “havia”, por isso não existe mais.

Devemos buscar os nossos caminhos de realização naturalmente, dentro de uma caminhada de coração e felicidade.

Atenciosamente,

MP Nuno MNH

Sigilo Egipcio.

E evidente que dentro deste mundo dual material em que vivemos, existe uma necessidade inerente na criação a manifestação de opostos, como o eterno combate entre Hórus e Set, dentro da cultura mística egípcia, ao representar a eterna batalha que rege o universo.

Dentro do mundo mágico egípcio, se buscava evocar e ativar os poderes que regem a vida, através dos arquétipos Divinos que representam tais buscas pessoais. Assegurando assim boas energias em sua vida, afastando as catástrofes de ordem natural ou espiritual.

A palavra Kheper dentro da antiga língua egípcia o Kemet, possui varias designações tanto como o literal o inseto “escaravelho, besouro” como também toda a idéia de transformação em geral, seria como o termo transformar, como quando ele se manifesta dentro do primeiro raio de Sol, transformando a escuridão em luz. Verifique abaixo o poder do verbo junto a este principio, mítico, fonético e mágico.

Assim falou o Senhor de Todas as coisas.

“Kheper-i kheper kheperu kheper-kuy m kheperu

nKhepri kheper m sep tepy

Eu me transformei, a transformação se transformou , e eu me transformei ao

me transformar na forma de Khepri qe começou a existir por primeira vez.”

Aqui e declarado quem é o criador, o verdadeiro mago dentro da criação Suprema.

“Quando eu me transformei, as mudanças se transformaram, todas as metamorfoses (kheperu) chegaram depois de que eu tivesse-me transformado. Fiz quando quis neste mundo me dilatei nele, contra a minha mão, a sós, antes de que nada nascesse. Minha boca acudiu a mim e o meu nome foi Magia.”

Ao pronunciamos palavras (hu) estamos executando atos mágicos (heka), assim demonstra os antigos ensinamentos, por isso e muito importante entender o que sai de nossas bocas e mentes, pois tais pensamentos se transformam em palavras e as palavras de manifestam em ações e manifestações dentro deste plano material.

As qualidades manifestar no verbo a luz, conhecemos como magia, o conhecimento (sia) nos revela como equilibrar nosso lado guerreiro, desta forma Thot busca equilibrar as contentas entre Hórus e Set.

Somente dentro da luz do conhecimento podemos equilibrar estes dois pólos energéticos da manifestação magistica, mais do que magia negra ou branca, refletimos nossos corações e pensamentos em nossas ações.

Nossas palavras e ações se encontram como o resumo do que somos e o padrão energético em que estamos relacionados diretamente.

Atenciosamente,

MP Nuno MNH

Cernunnos o Deus Galhado

O Deus Antigo dorme para baixo no escuro e úmido odorous,

sob os pés esperando por nós.

Para acabar com as nossas raízes

Dentro de cada centro sagrado das florestas e bosques ele se senta meditando, abaixo de um carvalho como um iluminado Buda, o Deus medita na ligação dos três mundos unindo o Céu, Terra e Mar, tornando-se assim um só. A sua frente o galdeirão em que fluem os 5 rios se encontra e a sua volta a floresta se desenvolve, é nós envolvemos as florestas, como que buscando esta conexão divina.

Os seres divinos da floresta se aproximam através de seus Guardiões, a Antiga Coruja, o Passaro Preto, o Senhor do Tempo, a Águia, o Senhor do Ar, o Olho do Sol e até mesmo o salmão mais velho, vieram ser abençoados pelo xamã de olhos de fogo, em que a água antiga corre pelo corpo, coroado pelo seu fogo verde e em suas mãos o Torq que prova sua nobreza e divindade e a serpente de chifre que demonstra seu poder sexual sagrado, em sua floresta de poder.

Origem

Pouco realmente se sabe sobre a origem deste Deus, muito se especula. Acredita-se que seu culto teria se estabelecido dentro da Era do Bronze, os antigos celtas possuíam dentro de seu panteão vários animais que eram divinizados com representantes físicos dos Deuses.

Muito mais conhecido dentro da cultura celta em especial dos parisiis, que viviam no que conhecemos hoje como França, receberam a invasão romana em 52 a.C, e antes disso tiveram influência de gregos na região de Marselha. Possivelmente influenciados por gregos e romanos foram aos poucos realizando seus Deuses como semelhantes perante os aspectos humanos, em especial após a conquista romana da Galia.

O próprio nome do Deus somente possui uma ocorrência no famoso Pilar dos Barqueiros (Pilier des Nautes), construído por marinheiros gauleses do século XIV d.C, descoberto nas fundações da Catedral de Notre Dame de Paris, local da antiga cidade galo-romana de Lutécia. O Pilar rotula o nome de vários deuses romanos, e o nome de (C)ernunnos (o ‘C’ se encontra atualmente apagado) pode ser visto claramente.

E amplamente conhecido como o Senhor dos Animais , por ser associado freqüentemente com as criaturas da floresta, como que simbolizando sua fecundidade alcançada pela floresta em que o gamo real habita. Ao mesmo tempo sua ligação com os marinheiros e o comércio e bastante sugerida, é de se lembrar que Cernunnos sempre e retratado com uma bolsa de moedas.

Os antigos buscavam o Deus para receberem seu poder animal, para com tal espírito animal pudessem ser bons caçadores, suas representações retratam em alguns casos a própria pré-história, quando o homem e o animal não se encontravam tão distantes como hoje vivenciamos.

Aspectos do Deus

Meio homem meio animal, coroado com o chifre que é uma representação de sua relação Solar, como que também simbolizando as copas das arvores, protetor de forma geral dos animais, apesar de ser relacionado a colheita e a caça, como o Senhor da Caça Cerimonial, tem sua ação relacionada a uma trindade física as arvores, floresta e vegetação, sendo assim um aspecto conhecido como Green Man (Homem Verde), o guardião da vida verde diremos assim.

Nossos instintos animais por ele e lembrado, em sua sabedoria busca a renovação dando vazão ao que é velho para a entrada do novo.

Como “Senhor da Trevas” ele conforta as almas dos mortos, com doces cantos que confortam-nas em sua caminhada em busca de descanso no outro plano. Enquanto caçador selvagem perseguem as almas maléficas que desequilibram a Terra e Natureza como os espíritos em que nela vivem.

Um dos mais famosos aspectos conhecidos do chifrudo e o Deus grego Pan, famoso por ser “libertino” porém eu diria libertador de uma energia pura e bela.

Roda

Honramos Cernunnos na primavera e verão, na meia luz do ano. Enquanto Deus das Trevas no outono e inverno, na meia escuridão do ano. Sua caminhada inicia-se na primavera como o jovem filho da Deusa, adulto durante o verão se torna o Homem Verde e durante o outono ele é o Deus Chifrudo que conhecemos. No inverno ele e sacrificado, ferido de morte inicia sua jornada ao submundo para novamente renascer na nova estação que surgi.

Caminhada

Cernunnos percorre sua caminhada dentro do mundo natural, em lugares selvagens muitas vezes desconhecido do homem, a compreensão dos processos do crescimento, descanso, recompensa e o renascimento. Cada um possui sua trilha dentro desta floresta que somos em busca de nosso centro. Nesta floresta o silêncio reina e o tempo ocorre fora deste lugar sagrado. O instinto a real sabedoria inata de nosso Ser é o nosso único guia.

Qualquer pessoa que busque realmente a comunhão com a Mãe Anu, percorre a trilha junto a Cernunnos como um verdadeiro Xamã.

O Filho, o Pai e o Espirito Selvagem e a sua verdadeira trindade.

Cern-nu-noh-oh-oh-oh-os

Por.  Cernunnos Além / MP Nuno MNH

Monge e o Soldado

Estes dois caminhos que aparentemente são tão diferentes, porem através da caminhada aprendi que dentro deste desfiladeiro, pontes são claras entre eles.

Ambos são guerreiros dentro deste mundo material, sensorial e espiritual, cada um ao seu modo.

O soldado vive atentamente a cada momento de sua vida, a final durante uma batalha viver o presente e o agora, é o mínimo necessário para se poder manter vivo. Dentro de sua batalha, sua imposição e absoluta, afinal derrotar o adversário e impor a sua verdade e o objetivo.

Não importa o que o outro acredite, realize ou deseje, afinal o seu “EU” deve se superpor ao outro, é mais fácil lutar contra o nossos oponentes do que buscar a compreensão e entendimento em nosso ser.

Por outro lado o monge luta a mais dura e longa batalha em sua vida, ele luta contra si mesmo, contra o seu demônios, seus desejos ego centristas, o campo de batalha somos nós os nossos pensamentos e ações que nos limitam, nos aprisionam impedindo o nosso avanço espiritual, emocional e espiritual.

E nesta batalha monástica em silencio, nos buscamos o caminho de nossa iluminação em primeiro lugar, não podemos perder tempo em buscar convencer as pessoas de nossa verdade, pois cada um possui a sua afinal o caminho e de auto-realização, e desta forma e necessário viver a busca intensamente para que realmente possamos ter a mínima chance durante esta encarnação temporal que vivemos.

Aqui em nosso monastério em formação, recebemos de forma inesperada os primeiros monges polímatas, que irão iniciar uma nova caminhada em suas vidas, um pelo caminho do coração o Xamanismo e outro através da Agricultura Celeste a Alquimia.

E enorme a minha felicidade em encontrar nesta caminhada estas sementes boas que buscam a sua evolução espiritual de forma equilibrada e seria junto a Irmandade.Atenciosamente, deste servo.

MP Nuno MNH

Fortuna – Deusa da Sorte Romana

Fortuna é a Deusa que nutria a esperança de todo os homens. Na mitologia romana, Fortuna é a correspondência da Deusa Grega Tique, Filha de Júpiter. Há de se lembra que dentro desta cultura romana se acreditava profundamente que os Deuses decidiam o destino do homem e sendo Deusa da Esperança e da Sorte, (seja ela boa ou má) poderia atrair tais bons augúrios para a sua vida diária ou futura, trazendo a felicidade ou desgraça, aos olhos de alguns. Geralmente ela é representada com uma cornucópia em sua mão, um timão, uma roda e normalmente cega ou vendada por algo.

A cornucópia simbolizava sua distribuição de bens e prosperidade aos homens, através de sua cegueira demonstrava assim distribuir de forma aleatória a boa (que trazia prosperidade e alegria tão almejadas) ou má sorte. A roda buscava decidir de forma igualitária os felizes e sofredores, mantendo a instabilidade do acaso também como a cegueira e o timão demonstram a coordenação da vida dos homens, guiando o destino dos homens ou mesmo pilotando a vida.

Seu culto foi introduzido na época republicana pelo rei Sérvio Túlio, que possuia seu Templo próximo ao Capitólio, conhecido como Templo de Fortuna Virilis. Rei Túlio dizia ter amado a própria Deusa, que entrava pela sua janela apesar de ser um mortal, existia uma estatua do velho rei, em seu templo, mostrando a profunda associação a Ela.

A Deusa Fortuna podia dentro dos ritos antigos ser invocada de diversas forma e nomes. Seu principal festival era o Fors Fortuna, que era realizado no dia 11 e 24 de junho em Roma, onde todos se reunião fazer buscar a Sorte e Fortuna desta Mãe acolhedora.

Mesmo com o advento do cristianismo a Deusa Fortuna continuou dentro do vocabulário e mente do homem dito moderno. Há de se lembrar que existe referência a Deusas ligadas a prosperidade e sorte, como demonstra a própria Bíblia em Tiago 5:1-6

Infelizmente o que vemos atualmente é uma busca desenfreada em busca de riqueza. Devemos permitir que a boa sorte se manifeste me nossas vidas, buscando nosso triplo equilíbrio em uma caminhada espiritual, mental e material. E reconhecermos que a prosperidade necessita ser distribuída como a própria Deusa Fortuna o faz. Ao observarmos o mundo em que vivemos podemos claramente perceber que tal fato não está realmente acontecendo.

Temos o dever de tornarmos-nos a própria manifestação da Deusa Fortuna. Se desejamos ser servidos com fortuna, devemos buscar uma visão mais equilibrada no hoje, no que podemos fazer agora em relação a nossa conduta.

“Quem usa mal a suas riquezas e poder, pagará bem caro!” (Thiago)

Atenciosamente,

Deste servo.

MP Nuno MNH