quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Heliópolis–Centros de Iniciação do Antigo Egito–Parte II

Atum é o poder único. No mistério da criação, Ele é o criador. No sentido da potencialidade inerente no universo, Ele é o tudo e o nada, porém sem forma e intangível. Dentro do Nun, Ele teve que se sobrepor e, assim, projetou-se para poder diferenciar-se do Nun, em seu estado original .

imagesCA8SV4K6“Ave, Atum! Ave, Khepri, o que procede de si mesmo”

Textos das Pirâmides

Atum, de dentro das águas cósmicas, manifestou suas potencialidades divinas , com a forma de uma colina primordial.

Atum, quando se manifestou, criou oito princípios elementais primordiais: o ar e o espaço, que são representados por Shu – Elemental do Ar e do Espaço, Tefnut – Elemental do Fogo, Geb – Elemental da Terra, Nut – Elemental do Céu e os Deuses Osíris, Isis, Seth e Néftis, que são as entidades da Vida, Renovação, Morte e Ressurreição, respectivamente.

O 9º princípio é o próprio Atum, por ser a causa de tudo.

“Nenhuma destas entidades está separada dele, Atum”

Textos da Pirâmides

imagesCAU7230OUma das muitas versões da manifestação de Atum afirma que, ao passar por Heliópolis, masturbou-se e, ao permitir a “saída de sua semente”, os gêmeos Shu e Tefnut manifestaram-se no mundo.

Pelo conhecimento derivado de Thot, qual seja, pela Alquimia, podemos dizer que a semente masculina é a catalisadora. É o fogo estíptico, que é o agente coagulante da substância cósmica indefinida, conhecida no antigo Egito como Nun, a primeira substância reconhecida pelos antigos egípcios como a prima terra, que simboliza a condensação inicial.

imagesCAVOSYC8Este principio místico, ao ser levado à luz da ciência, aflora como o espermatozóide, que é a semente criadora de Atum. Possui uma cabeça, com um cauda longa, que possui 9 filamentos. O espermatozóide continua sua divisão/multiplicação em seu desenvolvimento, combinando seu crescimento em múltiplos de 9, exatamente como os elementos primordiais dos ensinamentos secretos de Heliópolis.

A ciência dos antigos e a nossa atual Ciência caminham de mão dadas. Costumo dizer que o verdadeiro misticismo também é científico, para mentes treinadas a assim reconhecê-lo. Posso dizer, como polimata, que os mistérios do antigo Egito estão, ainda, além de nossa total compreensão.

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Eu sou Um que se transforma em Dois.

Eu sou Dois que se transforma em Quatro.

Eu sou Quatro que se transforma em Oito.

E depois sou Um.

Sarcófago de Petamon

Aos buscadores de mistérios remeto o Grande Mistério:

A passagem de Um para Dois, a imediata polarização de duas forças ambíguas:

Hórus                                 Set

Positiva                              Negativa

Reflitam sobre o que nós divide.

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