terça-feira, 7 de junho de 2011

Magos do Antigo Egito

Em tempos antigos, época de culturas misteriosas e pouco conhecidas, conceitos religiosos e mágicos andavam de mãos dadas, completando um ao outro dentro de sua mitologia e concepções espirituais. Tomemos de exemplo o Egito. Sabemos da visão ingênua e muitas vezes preconceituosa que seus vizinhos possuíam sobre esta terra mágica em sua formação social e construíram uma visão negativa sobre tais praticas, vista como algo “demoníaco”. imagesCAZVW2TS

Isso por conta apenas da divergência em como observar determinada cultura. Na verdade, a magia pode ser dividida em duas formas que ainda são levadas em conta dentro da psique humana:

  1. Utilizada para confirmar e legitimar propósitos divinos, para o benefício dos vivos e/ou dos mortos, potencializar as capacidades do ser vivo e das relações com os Deuses e mortos;
  2. Utilizada para propósitos maléficos e nefastos, com o objetivo de atingir de forma destrutiva aquele em que foi direcionado o ato magistico.

Hoje reconhecemos estas vias como Magia Branca ou Caminho da Mão Direita e o outro como Magia Negra ou Caminho da Mão Esquerda. Apesar de a magia não possuir cor, mais sim a intenção do coração de quem a manifesta.

A Bíblia Judaico/Cristã demonstra maravilhosamente a capacidade magistica dos magos de Kemet (Terra Negra que deu o nome ao Egito). Moisés é o grande exemplo: educado pelos sacerdotes do faraó aprendeu os segredos da ciência da nobre arte.  Seus poderes como a vara de serpente, as pragas do Egito, comunicação com os répteis e a divisão do mar vermelho, já eram conhecidos e realizáveis antigamente. O poder do verbo ainda era realizado por homens que buscavam a sua pureza, em ação, pensamento e sentimento.

Devemos compreender que os magos egípcios possuíam tais conhecimentos, porém a de se diferenciar o propósito magistico da questão. Moisés realizava sua ação enquanto mago, por ordem do Deus hebreu, já os Deuses Egípcios o realizavam a comando dos sacerdotes, que eram dirigidos pelo faraó e tal ação intencional possui toda diferença.

Além dos relatos dos judeus que foram testemunhas históricas, existe um tratado muito interessante sobre o assunto, o famoso papiro de Westcar (escrito na 18º Dinastia a 1550 a.c.), que conta que o Rei Khufu (Quéops) observou com os próprios olhos o sacerdote Tchatcha-em-ânkh, dividir as águas de uma lagoa em colunas.

Em outra ocasião viu o sábio Tendo de Tet-Seneferu, enfrente e por ordem do faraó,  trazer de volta a vida vários animais sagrados, entre eles gansos e bois, após lhes terem sido arrancadas as cabeças. O sábio as unia novamente e trazia o sobro da vida novamente a seus corpos.

Tais verdades somente se tornaram presentes, quando homens/mulheres de corações, mentes e ações puras, novamente tomarem o poder do verbo vivo.

Parte do texto foi retirado do trabalho de E. A. Wallis Budge

MP Nuno MNH