sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quarta Prancha - Coleta do Flos Coeli


Quarta Prancha

Coleta do Flos Coeli
Coleta do Divino Licor

Esta prancha revela o labor alquímico, a soror mystica necessária para se recolher este orvalho celestial, conhecido entre nós como flos coeli, que na realidade seria uma essência celeste, que é produzida entre o Sol e a Lua, no ponto conhecido como empíreo.

Verificamos na passagem que foram colocados sobre quatro estacas lençóis esticados em cima de grama, ervas, pois tem muito mais potência do que o solo exposto que diminui muito a potencialidade, esticando a 35cm do solo, e nenhuma erva deve tocar o lençol durante a colheita, que devem ficar expostos durante toda a noite, a partir do por do Sol, para recolher o flos coeli (orvalho celestial), a de relatar que os mestres e textos anteriores utilizavam linho como tecido, existem trabalhos alquímicos que o recolhimento fora feito em vidro, ou mesmo o caso de Armand Barbault, que arrastava uma lona pelo campo, que lhe rendia 1 litro de orvalho a cada 50 metros, porém devemos tomar muitas precauções iniciais, tais como o horário de colheita que deve ser antes do nascer do sol, devemos lembrar que o lavoro celeste, nos remete a um trabalho noturno. Tradições indianas por exemplo, colocam que o horário de Brahma-Muhurta que seria das 4hs da manhã até as 7hs da manhã, a atmosfera estaria carregada de prana potencializado, que e a energia vital primaria desta manifestação material, a prima matéria, utilizada por alquimistas, magos, brahmanas, sacerdotes, místicos .:.

Para captar estas forças etéreas de forma mais potencializada, deve ser durante a primavera, existem algumas discordância sobre a exatidão do tempo, mais seria mais ou menos isso:

Hemisfério Norte Fim de Março à Fim de Maio
Mês de Maio e Junho
Hemisfério Sul Fim de Setembro à Fim de Novembro
Mês de Novembro e Dezembro

Para a operação noturna, o céu deve estar claro sem nuvens, e as noites de Lua são muito especiais, especialmente as Luas crescente/cheia, como 2 dias antes de pico de cada, e sempre se lembrar que o Sol, nunca poderá ver vossa obra nesta etapa de colheita, nem a Mãe Terra poderá tocá-la, pois tais forças seriam descarregadas imediatamente no solo, quando for torcer o lençol tenha sempre a atenção de não tocar o solo ou mesmo plantas, pois estas mesmas contaminam o flos coeli, por estar em outra vibração, o orvalho ao tocar a planta, é influenciada pela mesma se transformando no conhecido floral.

O Trabalho do Dr. Masaru Emoto demonstra algo que os alquimistas já sabem a muito tempo, influenciamos o meio que nos cerca. A água é o diluente universal, altamente receptível, e facilmente influenciada pela energia e vibrações que a ela são direcionadas, como o orvalho que pelo simples toque junto as plantas, se transmuta biologicamente e a nível vibracional.

Sempre e bom lembrar que o recipientes, lençóis, devem ser lavados sem nenhum produto químico, somente água de chuva destilada nos rigores da Obra, utilizar a primeira colheita celeste para a limpeza também seria uma precaução inteligente, como lavar as mãos com esta mesma água de chuva e o flos coeli, para diminuir a contaminação e influencia, sem nos esquecemos que se uma planta transmuta energeticamente o flos coeli, imagine o operador da arte, por isso se tranqüilize, esteja em paz perante todos os passos de sua Grande Obra, a necessidade do alquimista se transmutar junto a sua Obra, e obrigatória se desejar realmente realizá-la.

Muitos comentadores do Mutus Liber reconhecem que a graminha verificada nesta prancha tem relação direta com os raios de energia de caem do céu, e seria o nostoc, um misterioso solvente universal, conhecido com vários nomes, dentro desta biologia hermética, Filaleto e Fulcanelli o chamam de orvalho de maio, enquanto seu discípulo Canseliet usa vários nomes como gordura de orvalho, espuma de primavera, manteiga mágica e vitríolo vegetal, o importante nisso e que a partir deste “orvalho” podemos retirar o salitre dos filósofos.

O nostoc em sua origem grega, nos remete para a palavra “noite”, sua relação com a noite e nítida , já que nosso oficio noturno necessita da serenidade etérea noturna para se manifestar. Para ser mais claro o flos coeli, é o espírito da matéria em suspensão, em latente manifestação sutil (e o que está encima), e o nostoc seria quando esta matéria sutil que é o flos coeli, se torna densa ( é como o que está abaixo), por isso sua comparação com gordura, espuma, manteiga ...

Canseliet e Cosmopolita nos lembra da necessidade de retirar do espírito do nostoc, que é conhecido como o sal dos filósofos, salitre filosófico, sal do orvalho, hidra celeste que seria um tipo de metazoário de água doce, como nos lembra J. J. Carvalho, o mesmo autor em seus comentários do Mutus Liber, faz uma relação bastante interessante, sobre as alternâncias de linhas e pontos desta prancha, com a Sociedade Secreta Voarchadumia de Veneza dos anos de 1470, em que John Dee e George Ripley faziam parte, utilizavam da chamada linguagem enochiana, que foi amplamente divulgada graças ao trabalho de John Dee, que se comunicava com seres celestiais através desta linguagem mágica.

“Quando os Elementos estão distantes de seus locais familiares, as partes homogêneas são deslocadas, é isto um homem aprende pela experiência, pois é ao longo das linhas retas que eles retornam natural e efetivamente a esses mesmos locais. Portanto, não será absurdo representar o mistério dos quatro Elementos, no qual é possível reduzir cada um a sua forma elementar, por quatro linhas retas estendendo-se em quatro direções contrárias a partir de um ponto comum e indivisível. Aqui notáreis particularmente que os geômetras ensinam que uma linha é produzida pelo deslocamento de um ponto: nós notificamos que deve ocorrer algo semelhante aqui, e por uma razão similar, porque nossas linhas elementares são produzidas por uma continua cascata de gotículas como um fluxo no mecanismo de nossa magia.”
Teorema VII
Mônada Hieroglífica, John Dee

Pode-se verificar a direita da Prancha, uma pequena cruz no mastro, que é a cruz de Lorena, a cruz fora usada em muitas culturas, pelos magos, brahmanas e egipcios para simbolizar os quatro elementos, onde se encontrava a ‘salvação’ de seus males na medicina divina retirada dos quatro elementos grosseiros, a suástica védica seria uma forma desta cruz, como o quadrado na geometria sagrada, possui as mesmas singularidades, in cruce salus (Ditado egípcio), a cruz já era símbolo de salvação muito antes dos cristãos, e devemos sempre lembrar que alquimia utiliza de mitologia e crenças religiosas de todo o mundo para se manifestar dentro da cultura em que o alquimista está engajado.

J. J. Carvalho faz uma notação muito raramente percebida nesta prancha, já que nas outras e bem mais nítido, em relação ao Touro, que “está agora em ereção, em contraste com sua postura na Terceira Prancha: o primeiro verde está agora mais intenso e o momento presente mostra-se ainda mais adequado para a extração do sêmen filosófico.”
Mutus Liber - O Livro Mudo da Alquimia
José Jorge de Carvalho

O carneiro e o touro são indicativos do período zodiacal a serem realizado a Obra, como disse anteriormente. Limojon de Saint-Didier nos fala que tais criaturas “ personificam duas naturezas da pedra”.

MP Nuno MNH

terça-feira, 22 de junho de 2010

Terceira Prancha - O Cosmo do Alquimista


Terceira Prancha

• O Cosmo do Alquimista
• O Império de Netuno
• O Regime de Júpiter

Considerado por muitos inclusive minha pessoa, uma das pranchas mais enigmáticas e complexa dos hieróglifos herméticos existente.
Possuidora de vários determinativos como nome colocarei que o Império de Júpiter sobre o Regime de Netuno, que é o Cosmo dos Alquimistas que conhecem a ritmo da operação.
Júpiter pai dos Deuses, encima de uma águia ou fênix, observa a operação da Arte. O fênix símbolo da pedra filosofal ou poder do renascimento, no caso da águia a sublimação ou volatilização, considero os dois corretos, pois nos encontramos na sublimação do mercúrio dos filósofos, antes que se tornar fixo, assim mostrando a sublimação da águia necessária para a transmutação em mercúrio fixo e renovado do fênix, das cinzas a nova beleza se manifestará.
A presença constante mitológica dentro da alquimia deve ser lido de forma mais ampla. Aproveitamos o caso de Júpiter que dentro do mito hermético deve ser compreendido como o metal estanho, principio jovial, regendo o horário, dias, conjunções.
Como uma mandala, o seu centro ou bindu se encontra Netuno, tranqüilamente sentado em uma concha, em sua mão esquerda segura uma linha, que o liga à mulher acima no barco. Netuno e o senhor dos elementos aquosos, provocando grandes tormentas, quando manifesta a fermentação do composto.
A mulher do terceiro circulo simboliza o inicio da Obra, com seu pavão com plumagens aberta, demonstrando a direção que deve tomar. Tanto o marinheiro e companheiro que dirige o barco, deve percorrer sempre a mesma direção de Netuno para que a Obra se realize.
A mulher/emocional captura o peixe místico, que manifestará o Solve et Coagula, através do enxofre que coagulará o mercúrio.
A trindade alquímica aqui se encontra relacionada através dos 3 peixes ou seres marítimos no centro da Obra, um deve ser transmutado no trabalho da Obra, porém os 3 devem estar presentes nos primeiros estágios da coagulação.
Os três peixes existentes se direcionam em direções diferentes, mas somente um deve ser capturado, a mulher dá a pista pescando o que se dirige para a esquerda, mesma direção que ela se coloca, capturando o peixe com a mão direta, ao mesmo tempo que se liga a Netuno. Qual é o peixe ?
O alquimista deve ser tanto um agricultor celeste, como um pescador místico, um pescador filosóficos.
No centro em que Netuno repousa, se encontra em sua mão direita um tridente que atravessa e liga ao segundo circulo, colocando assim os três principais da Obra, que se encontra reunido no mercúrio dos sábios.
O carneiro é o touro simbolizam o mercúrio e o enxofre e ainda à Áries e Taurus, que são os meses no hemisfério Norte em que a primevoire de Caseliet se refere.
Quando a primavera se manifesta, toda a natureza busca a transmutação natural ativa, retirando da terra seca a primavere (primeiro verde)
Enquanto Áries faz referencia a força masculina também simbolizado pelo Castelo, com a racionalidade, a força enquanto sociedade, outro lado de Taurus é a força feminina da mãe terra, emocional, sutil, a igreja determinando o poder sutil da religião, espiritualidade, o lado devocional, da natureza humana, que também fora relatado por Adam McLean.

Mercúrio Volátil
Enxofre Denso
Sal Fixação

A mulher à esquerda do segundo circulo segura pela mão esquerda a lanterna, símbolo da busca do adepto pelo conhecimento e dos “filósofos pelo fogo”, principio masculino, na mão direita a rede símbolo feminino, que manifesta a volatilidade a ser captura de forma dupla, ou separada para a boa colheita aquosa necessária que deve ser procedido com paciência, principio feminino e com isto a separação do denso e sutil se manifesta.
O peixe capturado pelo homem, a sereia que é, a própria etimologia da palavra sereia nos remete para seir (sol) e enê (lua), nos fala Caseliet, a criatura meio mulher e meio peixe, Fulcanelli diz que o peixe é o enxofre e a mulher que seria a virgem assim o mercúrio, a união se realiza, o mercúrio dos filósofos, tal sereia aponta para a Lua à menção ao lado feminino, e com os braços abertos ao Pai Sol, a própria jovialidade da Lua, nos remete a Lua Nova.
Conhecendo a raridade de um operador ou adepto aparecer de tronco nu, já que somente os Deuses assim fazem, mostra a ligação Divina das polaridades, fazendo até o alquimista chamar a sua contraparte, adepta e companheira, à “intuição” e a razão levará o alquimista a realização da separação do enxofre é do mercúrio.
Mostrando a lanterna em sua mão à mulher referisse a um atributo masculino, uma duplicidade, o que seria um hermafrodita, a necessidade do equilíbrio para que se alcance a boa pescaria entre o fixo e o volátil.
Deve ser ressaltado que somente neste quadro do segundo circulo, o homem se encontra no lado direito é a mulher no esquerdo, mesmo no centro da prancha e no resto de todo o livro o homem sempre se encontra ao lado esquerdo é a mulher à direita, uma troca única, já que as que se encontram em lados contrários à este, possuíam algum símbolo que os torne hermafroditas.
A própria rede separando o sutil, o ar, do fluido à água, na lembrança da mitologia nos remete a Afrodite, que nascera na espuma entre à água é o ar, a mesma rede em que Hefesto seu marido, para pegar o adultero de Afrodite e Ares, os opostos fixados por um principio denso.
A cima do segundo circulo vemos Ceres segurando 7 flores enquanto que 5 flores nasceram no solo, nosso quinto elemento hermético. Os 7 princípios ocultos herméticos da prima materia, operação esta relatada por Basile Valentin que tem relação aos 7 planetas. Há também presença de Ceres remete a necessidade da primavera na Obra da agricultura celeste para que possamos ter boa colheita, devemos sempre lembrar das 12 flores no total que se manifestam com os 12 passos ou chaves da filosofia e Arte ao Sol que manifesta o mesmo Basil Valentin
Caseliet nos lembra dos 7 metais, que ao se referir a Obra ao Sol e a Lua, buscam sua transmutação de aperfeiçoamento, e ao se transmutarem abrem as 5 coroas em plena Terra.
Os 10 pássaros, as 10 sublimações necessárias para a separação da matéria, sutil e densa, a rede busca tal separação em sua duplicidade.
Juno junto ao pavão simboliza a cauda pavonis, que aparece no fim do nigredo e antes do albedo, que também remete ao mito que os olhos de Argos foi escondido na cauda do pavão por Juno, a rainha da Obra.
Não se pode deixar de notar a visão sul real desta prancha em relação à outras, nos levando por muito à um mapa astronômico, o que seria bastante plausível, já que separar a astrologia e astronomia da alquimia é uma trabalho para sopradores, não para alquimistas.
Os próprios 5 Deuses nos remetem a um questionamento sobre a interfeição Divina, a própria disposição dos cinco deuses.
Júpiter rege o espaço exterior, montado em sua águia mostrando a purificação da matéria, o fogo inato. O trono de Júpiter e feito de ouro brilhante como vermelho, o ébano negro e o marfim branco, que são as cores em que passa a prima materia. Seu cetro e constituído de 7 metais como na hierarquia Divina, os 7 planetas, metais que começa na base com o chumbo e finaliza na ponta do cedro com ouro. Júpiter remete a principio fundamental do Solve et Coagula.
No circulo externo vemos Juno, irmã gêmea e mulher de Júpiter, nosso Pai e Mãe da Obra, com Júpiter o pai acima. Podemos também reconhecer como Hera a Deusa da riqueza, já que tem associação ao ouro e foi em sua mitologia atrás da maça dourada.
Tanto Hera como anagrama de era (ar), e Juno são do elemento ar.
Júpiter e Juno nascem juntos como no ovo o, volátil e o denso, a matéria, e os gregos nasceram ao mesmo tempo na Obra.
Ceres abaixo de Juno, representa a Terra, o terreno fértil para realizar a agricultura divina. Enquanto Netuno ao centro representa à água claramente. Assim os 4 deuses irmãos representam o fogo, ar, terra e água. O próprio circulo externo sugere os 4 elementos, ao verificarmos que existe uma separação em 4 fundos claros, 2 realizados pela água e o ar em que os pássaros se encontram, e outro na separação do escuro e do claro no lado superior e da direita o circulo sendo mais claro.
Esta prancha nos remete a necessidade que o neófito deve ter ao iniciar à obra.
A trindade imposta neste hieróglifo pelos círculos diz Adam McLean que o alquimista deve chegar a um entendimento com as forças da água, terra e ar, de meu lado verifico também a compreensão sobre os 3 princípios a serem realizados com a mesma referencia ao enxofre, mercúrio e sal, dentro do contesto hermético da Obra e suas 3 etapas e serem realizadas, que convergem em materialização entre os 3 princípios mesmo que físicos deduzidos pela ‘nossa’ ciência moderna limitada pela simbologia lingüística e conseqüentemente intelectual da compreensão.
Limojon de Saint-Didier em seu Triunfo hermético nos diz que:
“ Toda esta figuração visa demonstrar que o operador deve aplicar todas as faculdade e lança mão de todos os recursos da arte ”.

MP Nuno MNH

terça-feira, 15 de junho de 2010

Segunda Prancha - O Ovo dos Filósofos


Segunda Prancha
O Ovo dos Filósofos.
O Ouro dos Filósofos.

Na criação do ovo do filosofo é necessário na manifestação da Obra, em sua essência a gema simboliza o enxofre, matéria densa, a clara é a mercúrio que simboliza a matéria volátil, enquanto que o sal é a adição necessário para que a fixação se manifeste na matéria enquanto Um.
Netuno aqui simbolizado, protege os espíritos, que foram selados hermeticamente no frasco, ou ovo hermético, ao proteger os dois deuses e elementos diante as influências do Sol, mostra também que seus protegidos estão diretamente sobre a influência do Sol e da Lua respectivamente, colocando o casal sobre a sua influência direta, e sua combinação, no fluido liquido que nós espera.
Os dois alquimistas abaixo manifestam muito mais que a simples contemplação do cozimento de sua Obra, mais esta é a sua meditação direta e pessoal, perante a sua Obra.
Verificamos atrás dos nossos personagens em sua meditação, a existência de uma cortina, mostrando que algo oculto aqui se manifesta, devemos estar atentos. A mulher com o braço levantado, quase que tocando o pé do anjo, revela a sua posição perante a Obra, como que mostrando a sua possível relação ao Sol, devemos ainda notar que esta relação divina, encontra-se aberta e receptiva, como demonstra a mão esquerda de uma forma receptiva a tal fato.
Netuno com o seu tridente na mão direita, demonstra ação em sua posição de defensor de “seus filhos”, protegendo duplamente o despertar trifásico no Uno. Apolo/Sol e Diana/Lua, aqui representados buscam os pais em sua Obra, como que notando Hermes; O que está encima, também se manifesta abaixo.
O peixe aos pés de Netuno, juntamente com o Sol simbolizam o inicio da Obra, as bolhas sulfurosas das experiências se manifestam como que fossem olhos de peixes, e por isso que devemos buscar nas profundezas da matéria inexplorada, que é onde a resposta se encontra, dentro de nosso subconsciente, nas lembranças de Jung e Pernety.
Tais bolhas também chamadas de ilhas, é a figura de um peixe hermético, que é o piloto da Obra, o mercúrio conhecido pelo nome de mare patens, esta é a matriz é o receptáculo da pedra.
Um dos anjos permite atravessar os dois mundos, os dois planos, trazendo a ligação do Divino, a ligação dos dois planos, o denso e o sutil.
Existe muita controversa sobre a ordem das pranchas, realizo que sua ordem e muito subjetivo, devido a manifestação pessoal de cada alquimista perante a sua Obra, parte disto é a existência de varias vias possíveis, para o mesmo objetivo, porém devo ressaltar, que em relação a uma ou outra prancha tal fato e possível, porém não de forma completa em sua operação, pois tais mudanças estariam alterando o produto desejado final, porém cabe a cada buscador encontrar o seu caminho, na realização de sua Obra.
O casal de alquimistas se encontram ajoelhados enfrente ao forno de Atenor, que simboliza o macrocosmo e suas continuas transmutações cósmicas que são aplicáveis na matéria prima, para que se manifeste a transmutação na matéria.
O local deve ser preservado de luz, como também nos lembra as cortinas, é a de se notar que nesta figura ao contrario de outras, nem janelas possui, enfatizado a necessidade de “escuridão”
O ovo tem como objetivo à separação dos 3 elementos alquímicos (sal, enxofre e mercúrio)
Os alquimistas ao se posicionarem em suas posição em máxima do Ore, Lege, Relege, Labore et Inseriere, que para alguns pesquisadores e alquimistas e a diferença entre os sopradores. Canseliet diz que a alquimia não passará de uma simples química, se você não estiver em harmonia, em parte com o cosmos.
A operação dos alquimistas enquanto casal, tanto é uma referência a Nicolas Flamel e Dame Perenelle sua esposa, que fora ativa diretamente sobre a Obra de Flamel, este que faz referencias continuas a sua esposa, perante a realização da Magnus Opus.
Em questão lhes digo a necessidade de compreendemos a um nível de uma linguagem neural, na constituição dos hemisférios do nosso celebro, enquanto racional e emocional, a necessidade de nos compreender em equilíbrio perante a Obra, e assim permitindo que o sutil, o emocional, o Divino se manifeste, como a mulher nos remete ao apontar e quase tocar no pé do Anjo, ser tocado e tocar o Divino.
Armande Barbault, revela em seu Ouro da milésima manhã, a necessidade de um par na Obra, que seja ao mesmo tempo física e espiritual, a revelação do adepto dentro da matéria e espírito.
Esteja a vontade para encontrar a sua ordem dentro do Mutus Líber, seja com o Atenor ligado ou o Cosmo Filosófico de Júpiter, que é a terceira prancha, aqui seguirei a conveniência de outros mestres alquimistas que vieram antes de minha humilde pessoa.

Por MP Nuno MNH

domingo, 13 de junho de 2010

Primeira Prancha - A escada dos Sábios


Primeira Prancha
1º Hieróglifo Hermético
A escada dos Sábios
Adormecido Despertar*
Por MP Nuno MNH

Esta humilde busca de compreender este livro, cheio de palavras sutis, tem o desejo de simplesmente contribuir com a obra de cada um.
“ Na noite escura, o jovem buscador sonha. Os anjos o despertam para que dê inicio ao trabalho da Grande Obra.”

A única hieróglifo hermético que possui texto significativo, a ultima figura também possui duas pequenas frases. Decorrente da prancha em questão lemos.

MUTUS LIBER IN QUO TAMEN
tota Philosophia hermetica, figures hieroglyphicia
depingitur, ter optimo maximo Deo misericordi
consecratus, foli que filiis artis dedicatus,
authore cujus nomen eft Altus.

O Livro Mudo no qual está contudo representado toda a Filosofia Hermética em figuras hieroglíficas, por três vezes consagrado ao ótimo e máximo Deus de misericórdia e dedicado exclusivamente aos filhos da Arte por um autor cujo o nome é Altus.

O texto e bastante claro em sua disposição, porém o titulo inicial e com certeza um enigma a ser desvendado.

MUTUS LIBE R IN QUO TAMEN

A separação da palavra Líber, por ser uma obra alquímica, mostra ser um anagrama pela mentes de vários autores, para Caseliet:
Sum Betuli R, In Quo Tamen ( Sou o ar do betilo, contudo falo ) O que faz bastante sentido o ar, a matéria sutil, o espírito, e o betilo a rocha, a matéria grosseira. Fazendo referência a manifestação do espírito e da material, do emocional e mental, para assim falar, nos dois mundos, para se manifestar o verbo e necessário o sutil pensamento, e a manifestação material em nós através do som.
Já por outro lado Mino Gabriele traduz este anagrama da seguinte forma: Sum ut líber in quo Manet. ( Eu (Mutus Líber) sou como o livro (Bíblia) no qual (Jacob) dorme.) Fazendo referência direta ao sonho de Jacob na Biblia que iremos ver a frente.
Eu pessoalmente muitas vezes vejo este separação do R, como que a necessidade de realmente o livro se libertar de suas limitação, transformar o leitor em escritor, e ao mesmo tempo verificamos que tal separação feita por anjo, indica claramente a necessidade de interferência divina para a compreensão do Mutus Líber. Já que esta primeira prancha não possui métrica de criptografia, mais sim de uma separação de sentido filosófico.
O texto ainda possuindo uma serie numérica:

Texto Original Texto Espelho Traduzido

21-11.82 Neg Gen 28: 11-12
93.82-72 Neg Gen 27: 28.39
82.31.33 Tued Deut 33.13.28

Gênesis 28: 11-12
(11) Chegou á um lugar onde passou a noite porque o sol já se havia posto; e, tomando uma das pedras do lugar e pondo-a debaixo da cabeça deito-se ali para dormir (12) Então sonhou, esta posta sobre a terra uma escada cujo topo chegava ao céu; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;

A figura hieroglífica hermética desta prancha e a clara manifestação deste trecho da Bíblia, e normal o hermetismo se fundir com a religião dominante ou do praticante, afinal a sua linguagem é universal, fica claro a religião do Senhor Adepto Altus. Outros textos usam alusão a Bíblia, dentro de um livro mudo, ele fala muito sobre a Bíblia.
O sol a consciência o despertar se havia finalizado, tomado da matéria de nosso dia-a-dia, adormecemos decido a nossa cabeça estar fundamentada na matéria. Deus esta sempre se manifestando na matéria, mais devido a não tirarmos os olhos da matéria, não podemos ver o que realmente esta acontecendo, afinal o Senhor envia os seus anjos ao nosso dia-a-dia, devemos estar despertar para podermos ver tal misericórdia, os mensageiros de Deus levam e trazem continuamente a palavra do Supremo, devemos estar despertos para poder ouvir. A ação e a própria manifestação da canalização do Supremo e seus emissários para conosco.


Gênesis 27: 28
Que Deus te dê do orvalho do céu, e dos lugares férteis da terra, e abundância de trigo e de mosto.

As benções de Isaque conferiu ao seu filho Esaú, fala do orvalho divino, que liga o céu à terra, mostra por outro lado uma referência as duas vias a úmida, como o orvalho, e a via seca, com o trilho dourado e abundante. Digo que Altus buscou muito bem as frases a usar, já que elas se encaixam muito bem dentro do conhecimento hermético.

Gênesis 27: 39
Longe dos lugares férteis da terra será a tua habitação, longe do orvalho do céu;

Longe dos olhos alheios devemos trabalhar, construímos o nosso ritmo natural, somente quando nos encontramos dentro de nós, percebemos a necessidade de manifestar fertilidade em nosso ser, em nossa habitação, o campo de batalha como no sanskrito, DharmaKsetra, campo do dharma, campo da ação, para a nossa guerra pessoal. Primeiro necessitamos conhecer a nós mesmo, antes de reconhecer a Deus, para receber o seu orvalho do céu.

Deuteronômio 33: 13
Abençoado pelo Senhor seja a sua terra, com os mais excelentes dons do céu, com o orvalho, e com as águas do abismo que jaz abaixo.

Abençoado deve ser o caminho do buscador da verdade, nosso pessoa receberá os dons do céus , desde que tenhamos ação para realizar. O orvalho novamente representado, a ligação do orvalho com o a dádiva divina e freqüente, e muito dito por vários alquimistas, em referência direta a Ripley, que sempre disse e mostrou que sua realização dentro da Magnus Opus, tinha a benevolência do Supremo, perante sua mão invisível em sua Obra como também se referi Famel.
O abismo que se faz abaixo seria as emoções diria o Sr, Jung, e eu concordaria com ele, afinal a associação e clara.

Deuteronômio 33: 28
Israel pois habitará seguro, a fonte de Jacó a sós, na terra de grão e de mosto; e o seu céu gotejará o orvalho.

A palavra Israel vem do sanskrito e se refere a Isvara, a Suprema Existência, Deus, como a palavra hebreus, que quer dizer uma forma de nômade. Somente em Deus podemos assim habitar seguro, a fonte de tudo se encontra dentro de nós, através de nossa ação em pró a nossa busca, nossa terra, nosso ser sendo fértil, o Supremo manifestará a sua dádiva dos cus, como o maná que o povo de Isvara, recebia dos céus.

Anjos como mensageiros do fogo, trazendo a palavra de Deus, para o adormecido depto possa despertar, não podemos deixar de ver a familiaridade como o Tarot, na carta XX (Chamado Supremo), quando Deus manda um emissário para falar ou mesmo puxar a orelha de “seus filhos”.
Stanislas Rossowski de Rola diz que os anjos são criaturas de falam sobre os elementos voláteis, enquanto que as rochas e pedras são os elementos fixos.
A própria referência a anjos subindo e descendo ligando o céu é a terra e uma relação da Tabua de Hermes.
Como que num sobro da vida, a manifestação do verbo Divino, manifesta-se a potencia para a criação, a energia e conhecimento, só faltando a ação. Desta forma buscando o despertar do sono, das trevas, sombras, do homem, da Obra, do buscador, que em referência a Lua desta prancha, sua obra não se iniciará, e necessário ele despertar para ação. O som das trompetas manifestam esta ação o Labor in potentia. Caseliet fala em acordar a matéria prima, que se refere em despertar a energia contida dentro de cada matéria.
O sono do adepto e a próprio estágio do inconsciente.
Armand Barbault, nos adverte para a necessidade da influência Divina, enquanto Caseliet nos fala da Donum Dei (Dom de Deus).
A escada contem 12 degraus, como as Doze chaves da Filosofia de Dom Basilio Valentin, a nivel cabalístico posso dizer que mostra o momento de necessidade de ação para a transformação, a morte e o renascimento.
Robert Fludd, já tinha usado esta referência a escada de Jacob.
As quatro primeira se encontra o anjo abaixo, referencia a necessidade da compreensão e de se estar de posse dos elementos, a quinto degrau, a quinta essência a prima matéria se encontra direcionada ao peito, ao coração do anjo.
Os quatro degraus acima do anjo abaixo, seria uma possível referência as etapas da Obra, para a constituição final da substancia.
Os dois degraus que o anjo acima se encontra, se refere a aplicação da Obra, a manifestação da pedra, com a finalidade do elixir da longa vida, ou a transmutação do vil metal.
O ultimo degrau e a conclusão da Obra.
Por outro lado fica evidente a alusão as vias herméticas, úmida e seca, Bernard Gorceix, declara que os degraus da escada se manifestam dentro da via úmida.
A velha menção a Obscurum per obscurius ( obscuro pelo mais obscuro) e o Ignotum per ignotius (O desconhecido pelo desconhecido), se casa perfeitamente em toda as partes deste livro.
A roseira que manifesta um circulo, ou mesmo o ouroboros, com seus espinhos mostra o caminho difícil que espera o adepto, seu cruzamento abaixo com a palavra RVPELLAE, rupellae (pequena pedra) coloca a dificuldade da Obra a ser conquistada, a pequena pedra. O que remonta a rubedo, pedra solar, para a transmutação do ouro, em contra partida da albedo, pedra lunar, para a transmutação da prata.
As rosas encontradas ao lado, uma fechada, oculta, “morta” e outra averta, revelada, viva, e a mesma que se encontra em Notre Dame, relatada por Fulcanelli, sobre o conhecimento esotérico e exotérico. Que o caminho da prima materia até o lapis philosophorum.
O alquimista se encontra em repouso sobre a matéria prima da Terra “ Visita Inferiore Terrae, Rectificaudo Invenies Ocultum Lapidem”
Vista as partes inferiores da Terra, operando uma retificação, encontrarás a pedra oculta. Dormir sobre a pedra mostra uma necessidade de familiaridade junto a natureza.

Feliz daquele que fez da rocha sua casa.
Mateus 7: 24.25

Existem 10 estrelas que se referem alem da tradicional destilação e sublimações, mais a uma raiz cabalística a menção a 10 Sefirots.
Jean Laplace, ao produzir o primeiro Mutus Líber colorido, diz ver o livro como um espelho invertido, “ A Obra alquímica lida por um espelho da natureza.”
J. J. Carvalho relaciona o Mutus Líber a uma cabala fonética hermética, o que é bastante acertado, já que a simbologia cabalística pode ser utilizada de varias formas diferentes pelo iniciático. Ele coloca a seguinte relação:

• Mutus – Mudo, silencioso, que não fala.
• Líber – Livre, libertado do ego, realizado, o verdadeiro adepto.

1. O liberto que não fala.
2. O Adepto Silencioso
Por ultimo na edição de 1702 podemos encontrar nesta prancha uma modificação na paisagem, o editor acrescentou uma pequena cachoeira, ao lado esquerdo da imagem, com notação a via úmida.
A menção as escolas anteriores aqui se manifesta claramente, o rum est somnium, continua.

Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
Daniel 2.45

MP Nuno MNH

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mutus Líber - Introdução


Mutus Líber
Rascunho de comentários de M. P. Nuno MNH.

Introdução.

Os alquimistas escritores, sempre estiveram abertos em expor seu conhecimento, porém de uma forma simbólica e metafórica, o que tornou sempre textos de difíceis compreensão.
O pico deste véu lançado se realizou em 1667, com a publicação do Mutus Líber, onde a substituição do texto por figuras hieroglíficas herméticas, quase por completo.
Nos últimos 300 anos todos os alquimistas se debruçaram, atrás das chaves deste livro misterioso, nenhuma interpretação foi definida, afinal ela se encontra dentro da transmutação pessoal de cada mestre, de manifestar as suas próprias interpretações.
Tornou-se claro o esboço dos processos gerais alquímicos dentro da Arte, deixando os detalhes na busca e conhecimento do adepto.

“ As lacunas devem ser preenchidas pelo adpeto, apoiando-se no conhecimento, na intuição espiritual combinada ao estado diligente”
Adam MacLean

Considerado por alguns alquimistas, como a perola hermética, a veradeira Bíblia Alquímica, suas informações visuais são únicas, para a realização da Magnus Opus, mostrando o trabalho laboratorial, com os mesmos símbolos usados nos textos anteriores da Nobre Arte.
Este manual de laboratório, nos guia através da espiritualidade, arte, sonhos enigmáticos, filosofias, em suas palavras mudas, manifestadas através de seus hieróglifos herméticos, o torna único dentro de nossa civilização ocidental cristã, mesmo os cristões possuem seu livro mudo, a famosa Capela Sixtina, que são imagens que fala, para o cristão que tem o conhecimento necessário para que se torne uma mensagem viva. A linguagem se torna acessível, partir que possamos compreender sua filosofia. O Mutus Líber, esta envolto em uma mensagem secreta, hermética livre, estas imagens sagradas de uma arte secreta, arcanos este somente compreendidos quando inseridos dentro de um conhecimento inserido em uma tradição hermética.

“Ai de mim se revelo e ai de mim se não revelo! Se digo o que sei, os maus aprenderão a cultuar seu Mestre; se não digo, os companheiros continuarão ignorantes da verdadeira sabedoria.”
Spher-há-Zohar, (livro do Esplendor) as reclamações do Rabino Simeon no Livro I

Fulcanelli se referia as catedrais góticas como Mutus Líber. Somente na Idade Media, se começou a intensificar a arte sagrada, como a manifestação das obras de Arnaldo Vilanova, Nicolas Flamel e Raimundo Lulio, e assim por diante.
Devo ressaltar que a filosofia hermética, esta inserida dentro de sua simbologia, que se manifesta como uma linguagem ao aprendemos, clara e legível, como os hieróglifos egípcios depois de Jean Fraçois Champollion, tê-los decifrado e organizado de forma clara ao publico.
Nossa mente em busca de palavra, perde-se dentro desta maravilhoso texto, como lembra Plotino, em sua palavras sobre os enigmas das Enéadas.
A busca dos alquimistas em trazer a relação total de uma verdade, que não poderia ser colocada em simples palavras, que para poder compreendê-la você teria que passar por estágios, símbolos, realizações, em direção a síntese dos símbolos, escritos que formam os hieróglifos herméticos, no desejo de progresso em nossa mente.
Nicolas Flamel deixou-nos esta forma clássica de conhecimento hermético, como o mestre Basile Valentin, em suas Dozes Chaves da Filosofia. Passando por Agrippa, Picco Del Mirandola, Fludd .... até chegar ao cume de Jacob Boehme.
No séc. XVII, tivemos uma explosão de tratados herméticos dentro de uma tradição de discurso hieroglífico hermético, com as obras Atalanta Fugiens, Splendor Solis, Chymica Vannus. Tais obras possuem um sentido literal, alegórico e hermético.
Quando o Mutus Líber foi publicado, ele se encontrava no final de uma cadeia literária que se finalizava com a entrada do movimento Rosa-Cruz e a Maçonaria.
O Mutus Líber possivelmente seja o mais misterioso de todos por ser simples pranchas de desenhos, abstraindo as palavras , o que lhe forna de certa forma indecifrável completamente, apesar de ser normal os próprios alquimistas não se entenderem.
As simples imagens puras tiram os erros de traduções e ambigüidades das línguas, cada um possui um entendimento mediante o circulo que participa, busca da verdade pura sem palavras.
Isto me lembra uma experiência que passei enquanto monge, muito parecida com uma famosa historia zen. Ao ser o shela da passagem de Swami Mahanaga Suryadeva, que tive o prazer de servir, ao sairmos todas as manhas antes do nascer do sol, para cantar japa (terço com 108 contas “hinduísta”), meditar e contemplar, com isso neste silencio realizar o Tudo e o Todo. Certo dia um monge ainda muito neófito, em seus 20 e poucos anos, veio nos acompanhar, antes de iniciarmos a caminhada, lhe chamei ao lado, e lhe expliquei que deveria transformar aqueles momentos com o Swamij, uma meditação constante em silêncio absoluto, e assim se tornando o observador simplesmente.
Depois de quase 1 hora, o realizador monge não se conteve.
- Que maravilhoso dia, que sol fantástico.
Afinal entre nós, estava realmente fantástico aquele nascer em especial, tinha algo no ar, visivelmente.
Então Swamij virou para ele e disse, tranqüilamente.
- Era.
Ele esta realizando o Todo, como poderia resumir em palavras, temos que contemplar e realizar.
O Mutus Líber é a síntese final da alquimia antiga, seus hieróglifos herméticos se manifestam na pedra roseta da alquimia, ela busca a simplicidade fundada por Valentin, Flamel em contrapartida a nossa alquimia contemporânea Rosa-Cruz.
Em seu silêncio ele cita o nome de todos os grandes adeptos que existiram para que tal obra se erguesse-se nos ombros destes gigantes.
Para se entender um texto alquímico e necessário compreender a escola em que esta inserido, o contexto histórico e filosófico atribuídos. Através do Mutus Líber podemos compreender a simbologia de forma pura, sem comentários, assim fazendo ele falar.
Todos os mestres alquímicos mandaram suas mensagens através dos enigmas, e estes hieróglifos herméticos, buscam a relação de uma tradição, dentro desta rede intrínseca de sabedoria, que busca a auto-realização do alquimistas, assim desta forma em imagens , com sua ambigüidade, busca solucionar os mistérios do universo e de si mesmo nesta vida, nesta via alquímica constante.



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Rascunho em desenvolvimento de Mestre P. Nuno MNH.
Material incompleto em produção, podendo variar muito de uma atualização para a outra.
Quaisquer erros de português, conteúdo e etc ... que possam ocorrer, devem-se em parte por ser um rascunho. Bibliografia ou referências do texto, só se encontraram no final desta obra finalizada.
* Material restrito aos adeptos do GrUpO. quando de forma completa. *
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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Princípios de uma produção hermética e magistica, e afins .:.



Uma duvida básica de um visitante durante uma reunião de grupo, acredito ser pertinente a qualquer mago, bruxo, alquimista ou místico .:. abaixo se encontra a reprodução, desta conversa.
Sr. F; Como se produzir algo dentro dos princípios magisticos e alquímicos reais para que realmente possamos possuir um objeto de poder afinal?
Nuno MNH; Primeiro eu não posso julgar o que é real para você, mais lhe digo que dentro da forma instruída pelos mestres antigos ou modernos, que constituíram o caminho alquímico e magistico, todos possuíam esmero conhecimento de astrologia, astronomia, forja, numerologia,... e tantos outros por, um motivo. Vamos ser práticos, que objeto você quer fazer ?
Sr. F; Um pentagrama por exemplo, pode ser?
Nuno MNH; Ok, dentro de minha raiz, se poderia fazer de muitas formas, mais de uma forma geral, seria utilizar prata trabalhada alquimicamente pelo processo de purificação e estruturas escritas mágicas sobre o seu propósito de uso e da entidade se houver uma em questão, durante as quatro faces da Lua no horário de relação da Lua, durante uns 50 minutos, seria também bom se utilizar o mês de aniversário seu, o que ajudaria, para concentração de poder, classicamente poderia ser feita em conjunção com Mercúrio e logicamente em sua hora também, é com a Lua em signo de ar ou terra em crescente.
Sr. F; mais não tem algo mais simples ?
Nuno MNH; Calma eu nem terminei, a utilização de incenso durante as varias cerimônia que se seguirão, a necessidade de constituir de uma vela para iluminar a operação, feita e claro magicamente, de forma especifica, purificação pessoal necessária para o trabalho alquímico e magistico, conhecimento de geometria sagrada e línguas. Um pentagrama da forma que faço demora mais ou menos 3 meses, se eu não perder nenhum dia necessário de operação. Poder ser feito de forma diferente é possível, já que um dos pontos é a fé, mais como eu disse, é um ponto, não todos. Seria como um carro da Rota, é um desses guardinhas de moto e apito, ambos podem lhe oferecer a sensação de segurança, porém se for necessário realmente ação, qual pode lhe oferecer segurança direta, e quem é indireto, para ladrões enfrentar um guarda com um apito, e uma coisa diferente do que 4 homem treinados e armados, entende .:.
Sr. F; Então você esta falando que somente a verdadeira magia clássica tem poder ?
Nuno MNH; Não, todas possuem poder total dentro de sua verdade, tanto magistras, magos, feiticeiros, bruxos, desde que realmente sejam o conhecimento manifestado, não palavras, mais uma vida contida dentro de uma realização e busca, por isso o candomblé, que é uma forma de feitiçaria e xamanismo, possui realmente resultas diretos no país, porque participam de uma sucessão discípular real, que necessita de disciplina, vontade de realizar o caminho dos orixás, todos aqui sabem que não sou pai de santo, mais se a entidade se manifesta desta forma, eu a receberei dentro de sua verdade, seja ela grega, indiana, céltica, africana, egípcia e assim vai, cada dia temos menos iniciados verdadeiros, e um monte de pessoas que não possuem determinação, vontade ou mesmo fé suficientes para percorrer o caminho serio e em especial humilde, todos querem serem sacerdotes, bruxos, e essas pessoas encontraram outras que lhe cultivaram este sonho ilusório que alcançaras algo com simples cursos, que na verdade são apenas parte do caminho, sem alguém realmente para polir suas ilusões e falta de conhecimento, e muito mais fácil ser mestre de si mesmo, mais um velho ditado bengali diz que aquele que tem a si mesmo como mestre, tem um tolo como discípulo, e ao mesmo tempo aquele que segue simplesmente um mestre, não alcança sua realização pessoal, mais a do mestre. Cada um na sua verdade, todos que contribuem em nosso caminho sejam de forma positiva ou negativa, são frutos necessários para o nosso aprendizado, assim todos devem ser respeitados como mestres, da mesma forma que reverencio a todos os alunos que possuo por contribuírem ao meu caminho. Já que foi lembrado permita-me agradecer a todos aqui neste instante, por contribuírem com a minha Grande Obra meus mestres.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Terra enim est mater Elementorum

Terra enim est mater Elementorum, de terra procedunt et ade terram revertuntur ( A Terra é a Mãe dos Elementos, da Terra procedem, à Terra voltam ). Hermes
Dentro da terra e da Terra, tudo se manifesta, na alquimia ou magista, uma boa relação com este elemento e primordial, não existe evolução dentro da matéria sem Ele.
No processo alquímico se realiza que a matéria iniciada, de pois de vários estados de transmutação física, volta a ser novamente terra, matéria grosseira, mais para que esta transmutação realmente aconteça, o estaodo grosseiro deverá se tornar sutil, e novamente se materializar em matéria palpável.
Já dentro da magista, todos os outros elementos são dependentes deste para se materializar, seja o que for dentro deste plano, e como infelizmente a maioria absoluta, busca a vil matéria, mais possuo o desejo que realizem sua obra, pois minha verdade pessoal, nunca será superior a sua, afinal você alcançou-a com seu poder pessoal, e este e o desejo de sua realização, que assim seja, que assim será, serei sempre seu irmão na matéria e espírito, porém não na Obra de nossa realização.
Os puffer são em grande parte bem intencionados, e necessários para o equilíbrio da alquimia e da humanidade, tanto que são de certa forma os criadores da química moderna.
Terra enim est mater Elementorum, de terra procedunt et ade terram revertuntur ( A Terra é a Mãe dos Elementos, da Terra procedem, à Terra voltam ). Hermes
Dentro da terra e da Terra, tudo se manifesta, na alquimia ou magista, uma boa relação com este elemento e primordial, não existe evolução dentro da matéria sem Ele.
No processo alquímico se realiza que a matéria iniciada, de pois de vários estados de transmutação física, volta a ser novamente terra, matéria grosseira, mais para que esta transmutação realmente aconteça, o estaodo grosseiro deverá se tornar sutil, e novamente se materializar em matéria palpável.
Já dentro da magista, todos os outros elementos são dependentes deste para se materializar, seja o que for dentro deste plano, e como infelizmente a maioria absoluta, busca a vil matéria, mais possuo o desejo que realizem sua obra, pois minha verdade pessoal, nunca será superior a sua, afinal você alcançou-a com seu poder pessoal, e este e o desejo de sua realização, que assim seja, que assim será, serei sempre seu irmão na matéria e espírito, porém não na Obra de nossa realização.
Os puffer são em grande parte bem intencionados, e necessários para o equilíbrio da alquimia e da humanidade, tanto que são de certa forma os criadores da química moderna.
Atenciosamente,

MP Nuno MNH